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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

O que é a MEZUZÁ? - ensaio psicológico

A MEZUZÁ E NOSSAS BARREIRAS DE AUTO-PROTEÇÃO
Símbolo de proteção espiritual em lares judaicos, a mezuzá é colocada sob o batente das portas de entradas e saídas , como um escudo contra maus agouros ou energias negativas que possam penetrar em seu interior.

Ao longo de nossas vidas e através de todas as civilizações , homens das mais distintas culturas, etnias ou origens, desde os mais remotos tempos, sempre se preocuparam em proteger seus territórios construindo muros, muralhas e grandes fortalezas em torno de seus bens , dificultando o acesso ou a invasão de povos opressores e oponentes que possam querer dominá-lo ,privando-o de sua liberdade.

Muitos destes grupos étnicos, inclusive , pagaram o preço de se isolarem completamente dos seus vizinhos por longos períodos, se fechando em seus próprios dogmas e valores baseados em uma rigidez necessária, como necessidade ultima de auto-preservação. Abdicaram da própria evolução, integração inter-social,ou aprimoramento em nome de sua sobrevivência.

O ser humano enquanto individuo também tem a mesma necessidade de construir barreiras de proteção em torno de si. Seus segredos mais íntimos são guardados á sete chaves dentro do coração. E a razão trata de levantar as muralhas em torno de cada um, delimitando suas fronteiras frente aos outros.

Entretanto cada um tem sua forma, ou possibilidade de edificar esta redoma de acordo com seus próprios desejos e necessidades.

Pessoas extremamente sensíveis se queixam da sensação de vulnerabilidade perante seus intensos sentimentos, como se fossem uma expressão de fraqueza de caráter. Sentem-se como uma casa exposta, sem muros de proteção e trancas. 

Por se sentirem muito transparentes e manifestarem dificuldades em construir máscaras sociais ,vivem em constante estresse e ansiedade, pela ameaça de perderem o controle sobre si mesmas ou sucumbirem ao domínio alheio.Paradoxalmente apesar de sua intensidade emocional e frequente carência afetiva, lutam consigo mesmas, tentando controlar seus sentimentos e modular a distância ideal nos relacionamentos.

Muitas vezes pecamos em colocar em torno de nós mesmos tijolos e mais tijolos de proteção, e sem que percebamos, acabamos por criar nossos próprios presídios particulares , nos aprisionando sob a pena de se viver enclausurado sob a companhia solitária das próprias fantasias.

Fronteiras e barreiras são tão necessárias á sobrevivência , quanto a presença de portas e janelas de acesso e comunicação. Portas são abertas para que haja conexão entre as pessoas. Assim como são fechadas quando necessitamos nos refugiar e nos reconectar com nos mesmos.

Nossa permeabilidade é determinante em nossas vidas e na forma como nos relacionamos. Podemos construir muralhas rígidas e intransponíveis , pela necessidade máxima de segurança, ou fronteiras menos enérgicas e mais permeáveis de acordo com o momento, e disponibilidade de transpô-la. 

Neste momento a flexibilidade é nossa mais saudável companheira.

Que possamos sempre nos sentir seguros em nossos lares, relacionamentos e em nossa vida profissional, sem que tenhamos de conviver com paredes de rigidez em torno de nós mesmos, impedindo que nos aproximemos de nossos próprios sentimentos, mesmo que nos tragam momentaneamente a sensação de desamparo e vulnerabilidade.... 

O contato e a troca com o outro é sempre o melhor caminho para a felicidade.
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