Quem sou eu

Minha foto
Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Parashá da Semana PINCHÁS - o primeiro "prêmio nobel" da Paz

VINHO x BATIDA DE CAJU
Uma vez cheguei ao Brasil vindo do Canadá logo no dia do Jejum de 17 de Tamuz, que começa o luto pela destruição de Jerusalém e foi o dia de quebra das Tabuas da Lei por Moshé rabeinu, e que vai até o dia 9 de Av, dia mais calamitoso do calendário judaico. 
Como eu estava de jejum, não pude bebericar a batida de caju que estava sendo servida aos chegantes no Brasil no aeroporto, por uma baianinha á rigor. 
 Ah... nada como uma batidinha de maracujá, de limão, de caju e outros més tropicais. Tudo isto pode ser casher, desde que feito somente com frutas e pinga. Mas não pode ter vinho a menos que seja Casher, com supervisão rabínica. Porque só o vinho tem tamanha restrição?
Um dos motivos para esta regra básica da dieta Casher está nesta parashá:
Pinchás recebeu o premio da Paz de Hashem por ter impedido que uma epidemia extremamente peçonhenta se alastrasse pelo povo judeu no deserto do Sinai. Já iam morrendo lá umas vinte e quatro mil pessoas, quando Pinchás não se aguentou mais dentro das calças e resolveu espetar, juntos, um príncipe israelita que estava sem calças e sua namoradinha midianita, que o havia bebericado com vinho para colocar abaixo seu senso de recato público.
Hashem criou o homem e a mulher para que se completem.
Criou e santificou o casamento para que eles possam se amar.
Abençoou o sustento do homem casado para que viva em paz com sua mulher.
Tudo para que o homem seja feliz. Tudo mesmo.
Mas Hashem não"engole" baixaria.
Bilam, Balak, Edom e alguns povos menos votados não conseguem destruir Israel.
Então apelam para a miscigenação, para a mistureba carnal adoidada e sem fronteiras.
As mocinhas de Midian teriam convidado rapazes israelitas para um drink, seduzindo-os e fazendo-os servir o ídolo Peor, que era idolatrado de uma maneira tão fedida que temos até vergonha de contar aqui. Acabaram levando a Peor.
Por isso nossos rabinos permitem tomar somente o vinho casher, qualquer que seja a sua marca ou pedigree. O vinho pode ser baratinho, daqueles com rosca, ou um excelente tinto israelense, um soberbo francês, ou chileno, italiano e até argentino, mas tem de ser casher.
Porque o vinho é utilizado para sacramentar uma pá de coisas no judaísmo, a começar pelo casamento. Hashem quer que a gente comece a vida conjugal com o pé direito, por isso nos faz beber vinho logo de cara, debaixo da Chupá.
Quando o vinho vem de Hashem, tudo vai bem.
Quando não vem, não vem que não tem.
Lechaim.

(este Tropicasher foi feito no Rio de Janeiro em 2002)
Compartilhar no Google+

Postar um comentário

Seus comentários são muito bem vindos.

 
Copyright © 2011. Tropicasher - All Rights Reserved
Templates: Mais Template
{ overflow-x: hidden; }