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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Bereshit - a primeira parashá da Torá: assuntos principais



 A CRIAÇÃO DO MUNDO (1:1-31)

            A Torá relata os elementos principais da Criação, a saber: Céu, Terra, Corpos celestes, Plantas, Animais etc, que juntos constituem o mundo que conhecemos e no qual vivemos. O processo da Criação foi comentado e explicado por diversos comentaristas e adquire profundidade e significado especial sob o prisma da Cabalá e do Chassidismo. Relataremos aqui somente o que está escrito sobre a Criação, segundo a ordem dos dias da semana:

Primeiro Dia – Criação da Luz e dos elementos essenciais para a Criação tais como a água, o ar e a terra, que são mesclados um ao outro. A separação entre luz e trevas possibilita e primeira definição de “dia” – o primeiro Dia da Criação.
Segundo Dia – A definição dos conceitos de Céu e Terra, quando são separados um do outro pela água que os intermediava.
Terceiro Dia – Aterramento de parte da planície terrestre, definindo mares e crosta terrestre. O comando Divino faz brotar espécies vegetais da terra, arbustos e árvores.  
Quarto Dia – Criação dos Corpos celestes: Sol, Lua e Estrelas – definindo seus turnos e funções.
Quinto Dia – Peixes e demais criaturas aquáticas, aves e todos os seres voadores.
Sexto Dia – Todo o reino animal terrestre, e a Criação do Homem.





O Dia do Shabat (2:1-3)

            O Todo-poderoso conclui o trabalho de Criação do Universo em Seis Dias, escolhendo o sétimo dia, último no ciclo semanal, como dia de paralisação e descanso. Hashem abençoou o sétimo dia e o santificou. 


O Homem e sua missão (2:4-17)

            O mundo não pode alcançar a perfeição e seus objetivos sem o serviço do Homem. A Torá sublinha este fato mencionando que os arbustos dos campos não podem crescer sem chuva e que a chuva não cairá sem que o homem trabalhe a terra.
            De fato, a Torá narra a criação do Homem de modo diverso ao das demais criaturas. A matéria prima humana é material, mas D-us lhe sopra uma alma viva, diferenciando-o das demais criaturas.
            O Altíssimo coloca o homem no paraíso. Trata-se de um Jardim onde crescem dois tipos de árvores especiais – a Árvore da Vida, cujos frutos dão vida eterna a quem os come, e a Árvore do Conhecimento, cuja ingestão dos frutos expõe a pessoa aos conceitos do bem e do mal neste mundo. D-us impera ao homem que cuide deste Jardim e que não coma os frutos destas duas árvores especiais. 

Uma companheira frente a si (2:18-25)

            Hashem não quis deixar o homem sozinho no mundo, por isso criou para ele uma mulher, a partir de uma de suas costelas. Daqui provém a característica fundamental do homem de apegar-se à esposa e com ela formar um núcleo familiar. 
            D-us mostra todos os animais ao homem – a quem deu a missão de dominar os reinos animal e vegetal – para que dê a cada qual um nome apropriado. Na continuação, após a descrição da Árvore do Conhecimento, a Torá conta (3:20), que Adam (Adão), o primeiro homem, deu também à sua mulher um nome – Cava (Eva) – pois ela é a mãe de todo ser vivo (Chai). 


O pecado da Árvore do Conhecimento (3:1-24)
            
            A cobra original era mais astuta e diferia muito da cobra que conhecemos hoje. Ela se dirigiu à mulher e a seduziu para que comesse o fruto proibido da Árvore do Conhecimento. A mulher comeu do fruto e seduziu também seu esposo a comê-lo. A ingestão do fruto do conhecimento criou em ambos o sentido do constrangimento por estarem nus e eles coseram cinturões para si com folhas de figueira. O Todo-poderoso ira-se com a cobra que fez os outros pecarem e também com os pecadores. Contra a cobra é dada a sentença de ser o mais reles dos seres vivos, além de rastejar com a garganta pela terra, vivendo em constante estado de conflito com o homem. A mulher é sentenciada às dificuldades da gravidez e dores do parto, e ser subjugada ao homem. A este é decretado retornar no fim de seus dias à terra de onde foi extraído. D-us expulsa Adam e Chavá do Gan Éden, bloqueando o caminho de volta.  


Cain e Hevel (1:26)

            Adam e Chavá trouxeram ao mundo dois filhos – Cain e Hevel (Caim e Abel).
            Cain, um lavrador, decide fazer uma oferenda de sua lavoura a D-us. Mas a qualidade de sua oferenda é pobre. Por outro lado, Hevel, um pastor, faz uma oferenda com o melhor do seu rebanho. D-us aceita a oferenda de Hevel e recusa a de Cain. Ao notar a frustração de Cain, D-us lhe explica o fundamento do livre arbítrio no mundo, a necessidade de sobrepujar o Iétser hará, que empurra o homem na direção do pecado. 
            Cain, ferido e mordido pela inveja, aproveita estarem sozinhos no campo e mata seu irmão Hevel. O Altíssimo se ira com Cain e o expulsa de suas terras.
            Lemech, sexta geração de descendentes de Cain é um caçador cego, auxiliado pelo seu filho Tubal-Cain e mata acidentalmente seu avô Cain durante uma caçada, tomando-o por um animal silvestre. Deste modo Cain recebe o seu castigo.

Dez gerações de Adam a Noach (5:1-32)

            A próxima figura significativa no desenvolvimento do mundo é Noach (Noé), o justo da geração do dilúvio. A Torá relata de modo detalhado, mas sem se prolongar, os descendentes de Adam e Chavá até o nascimento de Noach e de seus três filhos, Shem, Cham e Iafet. 
            Durante percurso desta narrativa aprendemos que as pessoas daquelas gerações viveram muito tempo. O recorde pertence a Metushélach (Matusalém), que viveu 969 anos!


Eliminar o Universo (6:1-8)
            
            Os homens daquele tempo irritaram o Eterno, Criador do Universo, com suas atitudes. D-us decide eliminar todo gênero humano e os animais de todas as espécies, exceto Noach, que agradou ao Altíssimo e uma parcela do reino animal com o qual o mundo se reconstituiria. 

Esta parashá contém 146 versículos

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R.Shmuel Lancry
    -989312690-
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