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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

A parashá que leva Iossef ao vice-reinado - a viravolta!

ASSUNTOS PRINCIPAIS DA PARASHÁ MIKETS

Os sonhos do Faraó (41:1-4)

Passaram dois anos desde a libertação do copeiro, chefe dos vinhos do faraó e Iossef ainda está na prisão, totalmente isento de qualquer falta.

                                 Certa manhã, o Faraó acordou assustado e com o coração palpitante, por haver tido um sonho intrigante. Neste sonho ele se encontra às margens do rio Nilo, quando dele emergiram sete vacas belas e saudáveis, que pastavam na grama do brejo. Então outras sete vacas, feitas e magras emergiram do rio. As sete vacas feias e magras comeram as sete vacas belas e saudáveis.

                                 O Faraó voltou a dormir e voltou a sonhar, desta vez com sete espigas boas e abundantes com grãos crescendo numa só haste. De repente, sete espigas magras a ressecadas cresceram atrás delas e as engoliram. O coração do Faraó ficou agitado e ele mandou convocar todos os seus conselheiros logo pela manhã para que tentassem desvendar o significado dos seus sonhos. Mas ninguém propõe uma explicação convincente. Finalmente, o copeiro se dirige ao Faraó e lhe conta sobre um escravo hebreu que está na prisão, onde lhe havia interpretado um sonho com sucesso.

                                 O Faraó manda trazer Iossef à sua presença.


Iossef soluciona o sonho e aconselha o Faraó (41:15-38)

                                 Iossef está com trinta anos de idade quando lhe trazem à presença do Faraó, de banho tomado e vestido de acordo. O Faraó lhe conta os seus sonhos e Iossef os interpreta com presteza. Eis a interpretação: as sete vacas belas e as sete espigas abundantes significam sete anos de bênçãos para a agricultura egípcia. As sete vacas magras e as sete espigas murchas significam sete anos de fome que seguirão os anos bons. As vacas e as espigas magras engoliram as vacas e espigas gordas porque os anos de fome terminarão por “tragar” os anos de fartura que os antecederam, tornando-os esquecidos. Iossef explica que o fato do sonho ter se repetido indica que eles não tardaram a se concretizar do modo como ele os interpretou.

                                 Iossef não se contenta apenas em interpretar os sonhos, vai mais além e oferece soluções administrativas para a economia egípcia, sugerindo ao Faraó que ele indique funcionários encarregando-os de um sistema de racionamento e abastecimento do Egito durante os anos de abundância.
                                 O Faraó fica impressionado com a solução magnífica e a personalidade marcante de Iossef.


Da prisão ao trono de Vice-rei (41:39-52)

                                 No mesmo ato, o Faraó declara que Iossef será o encarregado de todo o sistema financeiro e governamental do país. O cargo é definido como o de “Vice-rei”, quando na verdade trata-se de um reinante com poderes absolutos, tendo o Faraó deixado para si apenas a coroa real.
                                  Faraó tirou seu anel da própria mão e o colocou na mão de Iossef; o vestiu com as mais finas roupas de linho e colocou uma corrente de ouro no seu pescoço, fez Iossef montar em sua segunda carruagem real fazendo-o ser anunciado como o Vice-rei.
                                 O jovem Vice-rei casa-se com a filha de Poti fera, seu antigo patrão e nascem-lhe dois filhos: Menashe e Efraim. Iossef põe seu plano econômico em ação e começa a estocar quantidades incomensuráveis de grãos.

Os anos de fome (41:53-57)

                                 A interpretação dos sonhos dada por Iossef concretiza-se com exatidão. Ao cabo dos sete anos de saciedade e fartura chegam os difíceis anos de estiagem. Os habitantes da região e das áreas circunvizinhas não estão preparados para tempos duros como estes e anseiam por um pouco de comida. Multidões acorrem ao palácio do Faraó pedindo auxílio. O rei envia todos a Iossef, que abre os celeiros do trigo e começa a vender alimentos à população.   


Iossef ignora os irmãos (42:1-24).

                                 A fome também acomete a Terra onde moram os filhos de Israel. Iaacov manda seus dez filhos ao Egito para abastecer a família com provisões. Mas prefere que Biniamin permaneça em casa. Os irmãos chegam à presença de Iossef e se prostram diante dele. Iossef os reconhece de imediato, mas eles não se lembram do jovem irmão, que agora ostenta uma barba e não reconhecem o nobre Vice-rei que está diante deles. Iossef os vê prostrando-se diante dele e lembra do sonho que tanto os havia irritado (inicio da Parashá Vaieshev). Iossef decide testar o relacionamento dos irmãos com o irmão mais jovem que havia sido vendido e sua predisposição para tentar liberta-lo, assim como a união de sua família após ter ele sido vendido.  

                                 Iossef ignora os irmãos e culpa-os de serem espiões. Haviam informado-o que eles entraram no país por dez acessos diferentes e Iossef o expõe a eles. Sua justificativa era que entraram no país por dez acessos diferentes para procurar pelo irmão perdido. Iossef redargua e pergunta como farão para pagar pelo resgate do irmão caso o encontrem. Os irmãos respondem que concordarão com todas as condições.  Iossef contenta-se com a resposta e indaga sobre o que fariam se condição alguma fosse aceita em troca da libertação do irmão perdido. Os irmãos respondem firmemente que estão dispostos a matar e a morrer por seu irmão. Iossef satisfaz-se com a resposta, mas não o demonstra. Pelo contrário, exteriormente, aproveita a resposta dos irmãos para fortalecer seu argumento de que seriam pessoas perigosas para o reino egípcio. 

                                  Iossef quer testar a integridade dos irmãos. Como estes haviam contado que tem um irmão mais novo em casa, deveriam enviar um dos irmãos de volta a casa para buscá-lo e deste modo comprovar que estão dizendo a verdade. Os demais deveriam permanecer detidos no Egito. Os irmãos não concordam e vão parar todos na prisão por três dias. No terceiro dia Iossef propõe uma barganha: somente um deles, Shimon, permaneceria detido e o restante voltaria à casa com provisões. Shimon seria solto quando eles retornassem com Biniamin.

                                 Iossef os ouve arrepender-se do que lhes estava passando, culpando-se por o haverem vendido e por terem se portado de modo reprovável. Iossef sai para que não o vejam chorar. Quando volta, manda sua guarda soltar os irmãos e deter apenas a Shimon.  


Os filhos de Israel retornam a casa (42:25-38)

                                 Os irmãos voltam para Canaã. Iossef manda seus servos colocar o dinheiro que eles haviam pago pelos alimentos dentro das sacolas de trigo. Quando fizeram uma pausa numa estalagem, um deles abriu sua sacola e eis que havia dinheiro, para seu espanto. Quando chegaram em casa, todos eles descobriram que seu dinheiro lhes havia sido devolvido. Perceberam que estariam sendo submetidos a mais um teste e contaram a seu pai tudo o que lhes havia passado no Egito.

                                 Iaacov recusa seu pedido para voltarem ao Egito com Biniamin. Ainda está emocionalmente ferido pela desaparição de Iossef e agora Shimon também não está. Apesar de todos os esforços para convencê-lo, Iaacov decreta que Biniamin ficará em casa.


Iaacov se convence e decide deixar que Biniamin parta com eles (43:1-15)

                                 As provisões tornam-se escassas e a fome ainda impera em Canaã. Iaacov pede novamente aos filhos que desçam ao Egito levando consigo Biniamin e em suas mãos um presente ao rei do Egito, juntamente – é óbvio – com o dinheiro que trouxeram de volta junto às sacolas de alimentos.


Mistérios no Egito (43:16-34)

                                 Iossef se emociona ao ver seu querido irmão Biniamin, único irmão filho de sua mãe Rachel. Á sua ordem, seu mordomo chefe leva os irmãos à sua casa e convida-os para uma refeição. Os irmãos são levados á casa do Vice-rei perplexos, confusos e temerosos. Não sabem o que os espera e tentam explicar ao mordomo o desenrolar dos acontecimentos. O mordomo os tranqüiliza e sugere que se sintam à vontade esperando pela chegada de Iossef para a refeição.
                                
                                 Durante a refeição acontecem coisas estranhas e até misteriosas. Usando uma taça de prata que faz tilintar, Iossef “adivinha” o currículo de seus irmãos desde o nascimento e decide que Biniamin sentará ao seu lado.
                                 A refeição transcorre dentro de um clima amigável e prazeroso. No final, para assombro dos irmãos, Iossef lhes dá inúmeros presentes, sendo os de Biniamin superior ao dos demais. Os irmãos partem para Canaã levando Shimon e Biniamin consigo, alem das sacolas repletas de provisões e presentes. Estão perplexos e confusos com tudo o que aconteceu.



As artimanhas continuam (44:1-14)

                                 Os irmãos nem bem se afastam da cidade e começam a ouvir vozes de gente os perseguindo. A sensação de tranqüilidade é substituída rapidamente por um sentimento de frustração e ira. O mordomo de Iossef os manda deter e pede para examinar seus pertences. O mordomo argumenta que a taça mágica de Iossef foi roubada e que eles são os principais suspeitos. Os irmãos explicam que tudo isto não tem sentido, pois haviam devolvido o dinheiro que Iossef lhes devolveu por iniciativa própria, então como haviam de ser por roubar a taça?!

                                 Os irmãos estavam seguros de serem inocentes e como prova se comprometem a entregar a vida daquele sob cuja posse fosse encontrada a taça, ao mesmo tempo em que os outros irmãos se tornariam escravos de Iossef. O mordomo inicia a busca e acaba encontrando a taça misteriosa dentro da sacola de Biniamin.

                                 Os irmãos rasgam as vestes como sinal de pesar pela nova tragédia que acomete sua família e todos juntos ao Egito, ainda a tempo de encontrar Iossef em casa e cair aos seus pés.
                                 Iehudá, aceitando que todo este infortúnio fazia parte do decreto Divino, sugere a Iossef que todos passem a ser seus escravos.
                                 Iossef não concorda. O “criminoso” precisa pagar pelo que fez. Biniamin permanecerá no Egito enquanto podem sair e voltar para casa.

Parashat Miketz - www.ongtora.com

Miketz

O Zohar nos conta que nossa Parashá começa com a palavra Miketz (que quer dizer no final) indicando que D'us colocou um limite final para a escuridão (para as coisas ruins). Essa estrutura de escuridão que chamamos de "O lado esquerdo" é composta pelo anjo da morte e suas "ramificações" que ficam "perambulando" entre nós e o tribunal Divino, tentando nos desviar dos mandamentos Divinos nesse mundo e nos acusando no tribunal Divino de termos nos desviado. Essa estrutura espiritual (que já não vai mais existir nos tempos do Mashiach) é responsável por todos os sofrimentos do mundo, mas graças à D'us existe um limite para esses sofrimentos tanto em relação aos nossos sofrimentos pessoais quanto aos sofrimentos do nosso povo, e vemos aqui que quando chega o limite até o Faraó do Egito que é a "grande serpente" se vira à nosso favor.

Por que o Faraó deu tanta importância à um sonho? Daqui vemos como D'us dirige o mundo! Sendo que Hashem tinha escolhido esse meio para se comunicar com o Tzadik da geração , o mundo inteiro passa a funcionar dessa mesma forma , começando pela "super potencia mundial" que era o Egito. O faraó sonhou com sete vacas tão lindas e amigáveis que ele nunca tinha visto igual, mas contou sobre elas em resumo. Quando chegou ao assunto das "vacas magras" detalhou e enfatizou ao extremo deixando bem claro que ele nunca tinha visto vacas tão ruins assim em toda a terra do Egito. Diz o Rav Moshe Weber (um grande Tzadik que viveu em Yerushalaim) que as pessoas ruins gostam de falar sobre coisas ruins e por isso ele se entusiasmou e detalhou o assunto das vacas magras ! De vez em quando temos que fazer um check up nas nossas conversas para ver se não estamos nos tornando um "faraózinho" ou uma "faraózinha" e nos exercitar a falar só coisas boas e animar todos à nossa volta de uma maneira casher !

Rabi Shimon Bar Yochái nos conta que todas as ações Divinas são interligadas . Antes de criar o ser humano D'us criou tudo o que ele necessitava e depois o trouxe à um mundo onde não faltava nada. Aqui também , Hashem tinha prometido ao nosso patriarca Avraham que sairíamos do exílio com muitas riquezas . Quando Yossef desceu ao Egito não haviam lá muitas riquezas.  Hashem fez com que o mundo inteiro precisasse comprar comida no Egito até o Egito se encher de grandes riquezas, e aí  trouxe Yaakov ao Egito quando as grandes riquezas já estavam lá prontas para sair com o povo de Israel. E assim Hashem faz sempre, cria a cura antes da doença. De vez em quando passamos por certas situações que para sair dela a solução teria que estar preparada antecipadamente, não se preocupe, Hashem já fez isso para você!

O Zohar nos conta que Rabi Aba estava sentado no portão da cidade de Lod quando viu uma pessoa que chegou cansado do caminho , sentou em uma saliência da montanha e adormeceu. Repentinamente apareceu uma cobra venenosa e veio picar ele. Antes que Rabi Aba pudesse dar um grito a cobra foi atacada por um réptil que a matou e foi embora. O homem abriu os olhos , viu a cobra morta pelo veneno do réptil e pensou que estava viva. De vagarzinho saiu daquele lugar para não atrair a atenção da cobra. Logo que ele saiu, a saliência desabou para o precipício e ele se salvou. Vendo tudo isso, Rabi Aba se aproximou dele e disse :- Me conta o que você faz de tão bom porque não foi à toa que Hashem te fez esses dois milagres! :- Não ouve uma só vez em toda a minha vida, respondeu o homem, que alguém me fez o mal e não reconciliei com ele e o desculpei . E mais, se não pudesse fazer as pazes com ele (em casos extremos temos que manter distância de alguém) não fui dormir até ter desculpado à ele e à todos os que me fizeram sofrer, e não pensei em nenhuma parte do dia sobre o mal que eles me fizeram. E mais, a partir daquele dia me dediquei à fazer o bem à eles ! Rabi Aba chorou de emoção e disse:- As boas ações desse homem são maiores do que as de Yossef ! Porque no caso de Yossef eles eram seus irmãos de verdade e ele tinha que ter piedade deles, mas o que fez esse homem é maior do que fez Yossef, e foi bonito de Hashem ter feito para ele um milagre encima de outro milagre!

Chanucá:
Os greco-sirios tinham decretado contra nós para não guardarmos o Shabat, não fazermos Brit Milá e Rosh Chodesh (o Rosh Chodesh determinava os dias das festas judaicas, sem saber quando era o Rosh Chodesh não teríamos como comemorar as outras festas) . Por isso Hashem fez com que o milagre de Chanucá tivesse oito dias que representa o Brit Milá, contém obrigatoriamente pelo menos um Shabat e dentro desses oito dias temos o Rosh Chodesh!

Shabat Shalom , Chodesh Tov e Chanucá Sameach!
As velas de Chanucá devem ser acesas antes das velas de Shabat na sexta feira e tambem depois da saída do Shabat e Havdala no Sábado à noite. Para saber o horário de acendimento das velas e também da saída do Shabat na cidade onde você se encontra acesse ao site

https://www.ou.org/calendar

Clique no desenho do ícone "local" para escrever o nome da sua cidade

Agradecemos à Fernanda e Elias Messer que por meio da sua empresa Line Life patrocinam a nossa ONG TORÁ , que Hashem dê à eles e à todos vocês muito sucesso muita saúde muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família!!

Rabino Gloiber
Your personal Rabbi
www.ongtora.com

Parashá da Semana de Chánuca: Mikêtz

Faraó, faraó, de você não tenho dó...
Esta parashá começa assim:

" - Então, ao cabo de dois anos o faraó sonhou e então as vacas foram ao Nilo e então..."

Então isso, então aquilo...  Esta série de "entões" vem nos mostrar a providência Divina atuando no momento necessário. Esta é uma das características típicas dos milagres: eles acontecerem na hora certa.

"Teshuát Hashem ke' eref ayin", diz o Talmud - Hashem nos tira do sufoco num piscar de olhos!

A parashá conta que Yossef ficou dois anos nas masmorras do faraó, mesmo depois de solucionar os sonhos do padeiro e o do bar-man do Faraó. A interpretação de Yossef foi uma profecia: o padeiro foi condenado e o bar-man foi solto, conforme ele havia contado.

Mal agradecido, o bar-man esqueceu (de propósito) de pedir ao faraó para soltar Yossef.

Assim tem sido durante todas as diásporas: nações do mundo se beneficiam com a sabedoria de Israel e depois fazem que não nos conhecem. Progridem quanto acolhe os judeus, mas vão à bancarrota quando os expulsam. Basta lembrar o que eram Portugal e Espanha antes e depois da expulsão dos judeus. A Espanha começou a prosperar depois de 500 anos, coincidentemente depois que o Rei Juan Carlos pediu desculpas ao povo judeu no Knesset, pelos delitos cometidos pela Inquisição espanhola.

Estes dois anos a mais de Yossef na prisão egípcia foram um castigo educacional que Hashem implementou, por ele ter pedido ao bar-man que intercedesse junto ao faraó para libertá-lo.

Sendo Yossef um Tsadik, um homem que tinha sucesso em tudo o que fazia por obra de Hashem, de acordo com a Torá ele jamais poderia depositar seu destino nas mãos de um ser humano.

Mas quando chegou a hora do Plano Divino funcionar, Hashem não demora a fazer o faraó ter o tal sonho das vacas gordas e das magras, dá um nó no pensamento dos oráculos egípcios para nenhum deles vir com uma solução e de repente, não mais que de repente, o bar-man lembrou-se de Yossef, ainda que de má vontade:

" - Seu Faraó, tem um moleque judeu que veio parar aqui vendido como escravo, que talvez possa quebrar o vosso galho real e interpretar o sonho pro senhor. Ele interpretou o meu e foi batata!"

O afável leitor notou: o energúmeno do bar-man foi mal caráter, alem de anti-semita.

Disse que Yossef era moleque - pois ainda teria descredito mesmo que acertasse no sonho.

Disse que Yossef era judeu - pois não poderia ocupar cargos oficiais caso sua sorte virasse

Disse que Yossef veio como escravo - pois um escravo tinha restrições naquela sociedade.

Mas nada disso adiantou:
Yossef era um adulto - pois tinha idade maior que bar-mitsvá.
Yossef era judeu - portanto filho de Israel, podendo ocupar qualquer cargo que Hashem designar.
Yossef era livre - pois só servia a Hashem, o Rei dos Reis dos Reis, o Santo Bendito Seja.
O Faraó sentiu isso e mandou tirar Yossef da masmorra na vula, dar-lhe um "banho-de-loja" faraônico com direito a mordomias e apresentar-se frente a corte egípcia de maneira digna.
O Faraó contou o sonho, Yossef mata a charada na chincha e lhe ainda dá conselhos de brinde.
O Faraó deu socos no ar, pulinhos de alegria de satisfação e nomeou Yossef vice-rei do Egito.
" - Somente o trono será mais alto que você" - disse o faraó.
Nossos sábios ensinam que o "trono" neste caso é o trono de Hashem.
Hashem escolhe a pessoa certa na ocasião certa para fazer o Seu Trono Celestial prevalecer entre os humanos.
Pode ser você também.
Desde que seja um Tsadik como Yossef.
Que só tenha uma preocupação na mente, dia e noite, todos os dias.
Fazer valer a vontade de Hashem, do modo exato como está na Torá.
Yossef foi o primeiro a fazer o trabalho de Mashiach: operou no plano no Nefesh (plano físico).
Moshé foi o segundo: conduziu todo o povo judeu a viver de acordo com Ruach (Espirito) da Torá.
David o terceiro. trouxe a Neshamá (alma) do mundo na construção do Templo no local determinado por D-us.
Mas esta Neshamá (alma), foi exilada após duas destruições e um exílio que está terminando aos poucos, desde o reerguimento do Estado de Israel, o Nefesh do povo, o movimento de Teshuvá - retorno a Ruach da Torá em Israel e no mundo todo, inclusive entre os não judeus;
O Mashiach derradeiro vem restaurar a Neshamá do mundo através de reconstrução do Beit Hamikdash, do Templo de Hashem em Jerusalém.
Por isso e não por acaso lemos esta parashá na época de Chanucá - a festa de reinauguração.
Para nos reinauguramos todos os dias, por dentro e por fora, pensando em D-us e confiando que Ele fará todo o Bem que pensou para o mundo chegar até cada um de nós, no momento necessário.
Vamos tentar apressar este momento cumprindo a Torá e suas mitsvót, pensando uns nos outros.
Vai chegar.
Está prometido.

Chanucaliente: como e porque festejar

Chanucá é a Festa da (re)Inauguração do Templo em Jerusalem, quando da dominação grega em Israel, cerca de 152 antes da Era Comum. 
Ficou conhecida em nossos dias como... 

A FESTA DALUZES!!!!!!!!!



Os gregos quiseram helenizar Israel pela humilhação espiritual, proibindo os judeus de fazerem a circuncisão, cumprir o Shabat e estudarem Torá.
Naquele tempo existia a dinastia dos Hasmoneus, que sendo Cohanim, serviam de sacerdotes do Templo).
Irritados com este processo de helenização, conseguiram organizar um exercito com a minoria de judeus religiosos da época, que impingiu aos gregos uma vitória espetacular, da Luz espiritual sobre o o hedonismo grego.
Após a vitória os Hasmoneus entraram no Templo novamente. Assombrados ao verem idolos gregos no lugar do Candelabro de Ouro e do Altar, começaram a por ordem na casa. Mas para reacender a Menorá precisariam de azeite de oliva extra-virgem. Buscando aqui e buscando ali, descobriram um pequeno pote de azeite puro de oliva com selo do Sumo-Sacerdote - o que daria para Inaugurar (fazer a Chanucá) do Templo novamente. Este azeite só duraria um dia e levaria outros seis para obter um novo estoque de outro azeite.
Os Hasmonaim não desistiram: decidiram reacender o candelebro com o pouco azeite que restava, seguindo um dito judaico antigo: "Mesmo um pouquinho de luz é capaz de afastar muita escuridão".  Então um milagre ocorreu: aquele azeite durou os sete dias necessárioa para fabricar o novo.
Este é o milagre da fé aliada à confiança num mundo melhor: a gente faz o que pode, com aquilo que tem, e pede para D-us ajudar no resto. E este é o espírito de Chanucá. Por isto é chamada Festa das Luzes.
Como é celebrada a festa de Chanucá?
Com um candelabro de oito braços, representando o azeite que já havia, mais os sete dias restantes.
Cada dia acendemos uma vela, até completarmos as oito, de preferencia logo ao cair da noite.
Qualquer arranjo de  velas serve, desde que todas elas tenham a mesma altura e durem ao menos uns 45 minutos ou meio tempo de jogo sem os descontos, depois do anoitecer. Tem que acender em local e horário onde passe mais gente; deixe um bocal a mais para a chama piloto.
Enfileire as velas da direita para a esquerda. Acenda uma vela a mais como chama pilôto em lugar mais elevado ou destacado. Uma vez acesas, as velas de Chanucá devem ser contempladas mas não devem ser usadas para mais nada além de iluminar o mundo.
Se uma das velas pifar, use a vela pilôto (shamash) para acender novamente. A vela piloto pode ser usada para qualquer outra coisa também.
Dicas para festejar o Chanucaliente Tropicasher na sua casa ou escritório:
1. Convide bastante gente. Porque o objetivo de Chanucá é a publicidade do milagre.
2. Chanucaliente este ano ocorre na quarta vela de Chanucá.
3. Acenda as velinhas com pompa e gala, fazendo duas rezinhas:

"Baruch Atá Ado-nái, Elo-hêinu Mélech haOlam, asher kidshánu bemitsvotáv vetsivánu lehadlik ner (shel) Chanucá "
"Baruch Atá Ado-nái, Elo-hêinu Mélech haOlam, she assá nissim la´avotênu,  bayamim hahem, ba´zman hazé"

Os convidados respondem "Amén!" e você acende as velas da esquerda para a direita

Comidas Tropicasher Chanuquenses:
Pastel de falafel, Acarajé de hering, Pinhão frito.
Bebida Tropicasher Chanuquense:
Vinho Casher Merlot ou Pinot Noir com suco de graviola.


FESTA PARA UM REI MACABEU
Letra: Paulinho Rosenbaum
Olê- lê, Olá-lá, traz oito velinhas, que hoje é Chanucá. (2x)
Vou comer batata frita... e também Sufganiá.
Já iluminei o mundo... agora vou festejar.
No tempo dos Macabeus... foi enorme a Yeshuá
Que beleza... tanta luz que parece o Olam Habá!
Olê-lê, o-lá-lá, pega no martelo e prega a mezuzá
Olê-lê, o-lá-lá, bota o tefilin, que a reza vai rolar
Hoje vou lembrar a Historia... Porque é Chanucá...
O milagre de Oito Dias... parece não terminar
A banda chegou de longe... prá aumentar essa simchá
Que beleza, o rabino pôs a banda pra tocar!
Olê-lê, o-lá-lá, traz oito velinhas, que hoje é Chanucá,
Olê-lê, o-lá-lá, entra nessa roda, que a Simcha vai rolar!

Feliz Chanucaliente!!!

CHAG URIM SAMÊACH

Chanucá não é um CHAG (festividade bíblica) propriamente dito,
por ter sido ordenada por nossos rabinos.

Por este motivo, não costumamos dizer Chag Sameach, como dizemos em Pessach, Shavuot ou Sucot, mas Chag Chanucá Sameach ou simplesmente Chanucá Sameach.

A forma mais correta como se diz em Israel é Chag Urim Samêach! - Feliz Festa das Luzes.

(não confunda com Chag Purim, a outra festa rabínica)


Chanucá - Milagres Sem Fim

AS LUZES  DE CHANUCÁ
           
       A História de Chánuca nos conta que os Macabeus encontraram um frasco de azeite que queimou por oito dias. Uma vez que o jarro continha azeite suficiente para arder por apenas um dia, o milagre então foi de sete dias! Sendo assim, por que razão festejamos Hánuca por oito dias? Deveríamos comemorar apenas 7 dias!

Uma das respostas é que a Natureza não é uma força independente. O Todo-Poderoso, sozinho, é a causa de tudo, desde o nascer do sol pela manhã até o surgimento da lua e das estrelas à noite. Portanto, em Chánuca nós reconhecemos que até o ato de acender uma chama com azeite é um milagre por si só – e assim acendemos mais um dia para comemorar isto.
  Lição: A Natureza é o ‘véu’ do Criador. Atrás dele, o Todo-Poderoso faz acontecer os milagres da vida.
 Aplicação: Olhemos por trás do ‘véu’ e veremos que o Todo-Poderoso é quem faz as estrelas brilharem, as árvores florescerem e os rios fluírem para o mar, bem como tudo o mais que acontece em nossas vidas!



 Baseado nos ensinamentos do Saba de Kelm, Rabino Simha Zissel Ziv (Lituânia, 1824-1898), citado no livro Darkei Mussár

 Uma Ótima Semana a Todos!

                                   Para receber o e-Mussar: emussar@terra.com.br
    

A Grande Pergunta de Hanucá

Se foi encontrado azeite de oliva suficiente para queimar por apenas um dia na Menorá do Grande Templo Sagrado de Jerusalém – e o azeite durou oito dias, então o milagre foi apenas os sete dias adicionais de iluminação. Por que celebramos Hanucá por oito dias e não sete?
Eis algumas respostas mencionadas no livro Book of Our Heritage, um excelente livro para todos terem em casa (http://www.feldheim.com/catalogsearch/result/?q=Book+of+Our+Heritage )
:
1.    Um dia a mais de celebração foi pela vitória militar sobre os gregos.
2.    A descoberta de uma jarra com azeite intacta e lacrada com o selo do Sumo-Sacerdote também foi um milagre. O dia a mais é celebrado por isto.
3.    O azeite encontrado foi dividido em oito pequenas porções para durar pelos oito dias necessários para a produção de um azeite novo. Até este ser produzido, a Menorá do Templo de Jerusalém seria acendida apenas por alguns minutos a cada noite. Milagrosamente, a pequena quantia de azeite ardeu o dia todo. Portanto, em cada um dos oito dias houve um milagre.
4.    Todo o azeite foi colocado na Menorá, mas depois de queimarem a noite inteira, na manhã seguinte encontraram os copos da Menorá cheios de azeite. Portanto, a cada dia houve um milagre.

5.    O próprio fato de nossos antepassados não terem se desanimado em acender a Menorá na primeira noite, embora soubessem que não poderiam acendê-la novamente até que o novo azeite ritualmente puro pudesse ser produzido (um período de oito dias), foi um grande milagre. É o otimismo que permite ao Povo Judeu sobreviver por todas as gerações e todos os exílios!



Fonte: Meor Hashabat.

Transpondo as crises financeiras


O Rei David ensinou: “Feliz é a pessoa que põe a sua confiança no Todo-Poderoso e não se volta aos arrogantes ou desonestos” (Salmo 40:5).

Certa vez um homem rico encontrou um trabalhador que estava muito triste porque estava desempregado. “Ouça”, disse o homem rico: “Venha trabalhar comigo durante três meses e eu lhe pagarei um bom salário”.

“Não há como eu fazer isso”, respondeu o outro. “Eu tinha uma boa função na empresa de meu patrão por vários anos. Ele me dispensou temporariamente, mas vai precisar de mim em poucas semanas. Portanto, se eu lhe disser que tenho outro emprego ou me apresentar a ele depois que terminar de trabalhar para o senhor, ele contratará outra pessoa e acabarei perdendo esta oportunidade. Prefiro passar por alguns meses difíceis a perder um emprego permanente!”

Da mesma forma, D'us é o nosso Criador e supre todas as nossas necessidades todos os dias de nossas vidas. Ocasionalmente pode ocorrer de Ele nos colocar em uma situação financeira complicada. Durante esses tempos difíceis podemos ser tentados a nos envolver em algum negócio que soa muito lucrativo, mas carece de integridade.

Da mesma maneira que o trabalhador desempregado da história acima teve o discernimento de perceber que se pegasse um emprego temporário perderia o permanente, assim também, se estivermos em uma posição financeira apertada é importante pensarmos com clareza. Apesar da tensão da situação, seria muito contraproducente nos envolvermos em um negócio suspeito ou arriscado.

É melhor e é do nosso interesse ‘aguentar’ os desafios de um período difícil e manter a integridade do que entrar em aventuras questionáveis. Ao mantermos uma confiança inabalável no Todo-Poderoso, Que é misericordioso e bondoso, Ele nos tirará deste teste difícil, voltando a prover as nossas necessidades com tranquilidade, como diz o versículo: “Feliz é a pessoa que põe sua confiança no Todo-Poderoso”.




Baseado no livro Ahavat Hessed do Chafêts Chaim, o Rabino Israel Meir Kagan (Polônia, 1839-1933)
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Chanucá começa neste Sábado à noite

Chanuká, a festa das luzes


A partir deste sábado, 24 de dezembro, os lares judaicos vão ficar mais iluminados por conta da festividade de Chanuká, a Festa das Luzes, uma importante celebração para o povo judeu.
Ano após ano, em Chanuká, as luzes são acesas em todos os lares judaicos e a chanukiá (candelabro de oito braços) é colocada perto de alguma janela, onde possa estar de frente para a rua. Na primeira noite, acende-se a vela da extrema direita e, em cada noite subseqüente, acrescenta-se uma nova vela.

Chanuká lembra o episódio ocorrido no mês de Kislev, no ano 164 antes da era comum, quando os gregos entraram no Templo sagrado, e violaram todo o óleo que lá se encontrava, e que seria usado nos serviços religiosos. Os Macabeus conseguiram uma vitória sobre os invasores, ao iniciarem a arrumação do Templo, procurando colocá-lo em condições para o culto, e ao quererem acender a Menorah, encontraram um único recipiente com óleo que não tinha sido violado. E apesar deste óleo ser suficiente apenas para um único dia, ocorreu o milagre deste óleo poder ser utilizado por oito dias, tempo este que permitiu que o Templo de Jerusalém pudesse ser reconsagrado e purificado.

Da mesma forma que nossos antepassados fizeram há mais de dois mil anos, estamos celebrando a vitória do povo judeu em se manter fiel às suas tradições. Que as luzes da chanukiá iluminem os caminhos da paz, da solidariedade e da tolerância.


Tropicasher apresenta: ASTORIX, O MACABEU!

Estamos no ano 139 A.C.C. (Antes do Cartão de Crédito). Toda a Judéia foi ocupada pelos grego-sirios, que queriam assimilar os judeus, fazendo-os comer McTreif, impedindo-os de fazer Shabatão e proibindo-os de ler Tropicasher. TODA? Não! Apenas um Ishuv (aldeia Judia) ainda resiste ao invasor. Aguarde nossas estorinhas. 

Eis alguns dos personagens do nosso Ishuv:




Como vencer os desafios

      
        A Torá relata: "Yaacov estava sozinho quando um homem lutou com ele até o amanhecer". Este '"homem" era o anjo guardião de seu irmão Essav, que tentou sobrepujar Yaacov. Eles travaram uma grande batalha mas o anjo não foi capaz de derrotar Yaacov.

        Geralmente, quando uma pessoa é confrontada com um desafio estarrecedor, seu senso de otimismo diminui. Como Yaacov foi capaz de lutar com um anjo espetacularmente mais poderoso que estava empenhado em destruí-lo?

        Yaacov era uma pessoa que tinha suas emoções sob controle. Ele estava constantemente sintonizado com o Todo-Poderoso através de sua percepção e de suas orações. 

        Todos podemos superar quaisquer desafios, não importa o quão impressionantes ou preocupantes pareçam, ao nos mantermos focados no Todo-Poderoso. Todo o tempo que estivermos conscientes de Sua presença e orarmos a Ele, Ele irá nos salvar de nossas provações, não importa quão graves possam ser.

        Sempre que formos confrontados com um desafio, permaneçamos focados no Criador e rezemos a Ele -- e Ele nos salvará de todos as nossas dificuldades!






Baseado nos comentários do  Rabino Ovadia Sforno (Bolonha, Itália, 1475-1550)

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Assuntos Principais da Parashá Vaishlach: Iaacov x Essav


Iaacov se prepara para o encontro com Esav (32:4-13)

            Iaacov e sua comitiva estão cerca de voltar para casa, mas um assunto ainda demanda uma solução: Esav, o irmão ávido por vingança. Iaacov envia emissários à terra de Seir, aos campos de Edom, para que transmitam ao irmão uma mensagem de paz e para sentirem suas intenções. Os emissários retornam contando que Esav está saindo ao seu encontro com um regimento de quatrocentos homens.
            Iaacov teme uma guerra fratricida. Ele não quer ser morto e também não quer matar. Como recurso tático de defesa separa sua família e todo os que o acompanham em dois agrupamentos, além de preparar-se adequadamente para o confronto. Iaacov acompanha os preparativos com orações dirigidas ao Altíssimo para que o salve das mãos de Esav, lembrando a promessa que Hashem lhe havia feito.


Uma delegação e presentes de apaziguamento (32:14-22)

            Como mencionamos, Iaacov se prepara para a luta, mas não deseja chegar a este ponto. Envia então uma delegação de servos com rebanhos, gado e camelos que serão presenteados a Esav. Iaacov abre um espaço entre um rebanho e outro para incrementar o valor do presente e instrui seus enviados sobre o que dizer a Esav.


O embate com uma figura misteriosa (32:23-33)

            A delegação sai a caminho e o acampamento de Iaacov se organiza para um pequeno descanso noturno. Antes da aurora, Iaacov atravessa o rio Yabok com toda a sua família. Quando volta à outra margem do rio para apanhar alguns objetos que havia deixado para trás, vê-se a sós e às voltas com um homem misterioso que começa a lugar com ele. Este homem não é senão o anjo celestial que pertence à raiz espiritual de Esav e ele tenta ferir Iaacov. Mas Iaacov luta com bravura e o combatente consegue quando muito tocar sua antecoxa.
            A aurora chegara e o misterioso homem-anjo suplicava a Iaacov para que o deixasse partir para o seu serviço diário. Iaacov impôs que o anjo antes lhe desse uma benção, e o anjo concordou em abençoá-lo. Além disso, deu-lhe um novo nome: “Israel”, que doravante será o nome representativo de Iaacov e alcunha de seus filhos por todas as gerações. Segundo as palavras do anjo, este nome expressa as qualidades de Iaacov, “pois lutaste contra o anjo de D-us e os homens e venceste”.
            Iaacov caminha manco de volta a seu acampamento por haver sido ferido na parte principal da antecoxa – o nervo ciático. Em lembrança disto, os filhos de Israel não comem o nervo ciático da carne até o dia de hoje.



O encontro histórico (33:1-20)

            Após 34 anos de contato totalmente interrompido, toma lugar o encontro histórico entre os dois irmãos. Iaacov alça os olhos e vê Esav e quatrocentos homens vindo ao seu encontro. Organiza então à sua família na retaguarda e sai de encontro ao irmão. Para sua alegria e surpresa, Esav irrompe de seu acampamento e corre em sua direção, abraçando-o e beijando-o, estando os dois aos prantos.
            Iaacov apresenta sua grande família ao irmão e insiste para que aceite os presentes que lhe enviara. Esav que o recusou a princípio, aceita a oferta e sugere a Iaacov que venha com ele até sua morada na terra de Seir. Iaacov argumenta que seus filhos, ainda jovens, e seu rebanho ainda não são fortes o suficiente para suportarem uma jornada longa e dura como esta. Sugere então a Esav que parta enquanto ele e os filhos viajam a seu ritmo. 
            Esav se despede de Iaacov e retorna à sua terra sua morada. Iaacov ergue um acampamento num local chamado Sucot. Dezoito meses após a parada em Sucot Iaacov chega aos limites de Canaã, estacionando em Shechem. Ali ele adquire um quinhão de terra e implanta seu acampamento. Ergue também um altar para agradecer a Hashem que o fez retornar em paz a Israel.


O episódio de Dinah e Shechem (34:1-31)

            Dinah, filha de Iaacov e Lea, almeja ampliar seus horizontes e sai a passeio. Shechem, filho de Chamor, então governante daquela região, a encontra e estupra. Dinah volta para casa e conta o acontecido. Iaacov decide esperar pelo retorno dos seus filhos que haviam saído para pastorear no campo.
            Quando retornam do pastoreio, os filhos de Iaacov encontram Shechem e Chamor, que vieram fazer uma ‘cordial visita’, trazendo uma proposta: Dinah se casaria com Shechem. Segundo sua oferta, a família de Israel se mesclaria à população da cidade e desfrutaria do reconhecimento social do enlace, alem de um gordo dote.
            Os filhos de Iaacov fervem de raiva, mas reprimem seus sentimentos e respondem aos visitantes com astúcia: “estamos inclinados a aceitar a oferta, conquanto vocês e todos os habitantes da vossa cidade sejam circuncidados, como é usual e compulsório entre os nossos”.
            Shechem, ávido por obter Dinah, agrupa todos os habitantes de sua cidade e os convence a aceitar o ditame dos filhos de Iaacov. No terceiro dia após a circuncisão geral, todos os homens da cidade estão convalescendo em suas camas, sofrendo dores insuportáveis. Shimon e Levi, filhos de Iaacov, tomam espadas e saem em jornada de vingança contra Shechem. Matam Shechem, Chamor e todos os homens do local. Suas mulheres e filhos são levados como prisioneiros.
            Iaacov teme que um ato como este levantaria contra si todos os homens de Canaã, mas os irmãos são firmes em sua decisão de que não se pode deixar um ato criminoso como este passar em branco.


Retornam a Beit-El (35:1-15)

            D-us se revela a Iaacov e o manda subir a Beit-El, local onde Hashem havia se relevado a ele quando fugira de Esav, para lá se assentar e cumprir sua promessa de erguer um altar de gratidão naquele lugar. Iaacov ordena a todos os membros de sua família que se purifiquem e se preparem para a subida àquele local sagrado.
            A jornada desde Shechem a Beit-El transcorre em paz. Os habitantes da terra, para quem as tribos de Israel eram vistos como invasores e conquistadores, foram tomados por um pavor de D-us sobre as cidades e seus arredores, permitindo que eles fizessem seu trajeto em segurança.
            Iaacov ergue um altar em Beit-El. D-us se revela a ele, abençoa a si e a seus numerosos filhos com a herança daquela terra, ratificando a troca do nome de Iaacov pelo novo nome de ‘Israel’, que lhe havia sido dado anteriormente pelo anjo. Iaacov constrói um monumento, despeja sobre ele vinho e o unge com azeite.
           

O nascimento de Biniamin e falecimento de Rachel (35:16-29)

            Iaacov deixa Beit-El, prossegue em sua jornada atravessando Efrat, em direção a Keriát Arba, morada de seu pai Itschak. No caminho a caravana é obrigada a estacionar, pois Rachel está prestes a dar à luz o décimo-segundo filho, o caçula de Iaacov. O parto havia sido especialmente difícil. No final nasce Biniamin, mas como conseqüência sua mãe Rachel vem a falecer. Iaacov sepulta Rachel naquele mesmo local, no meio do caminho entre Ierushalaim e Chevron, erguendo um monumento (Matsevá) sobre o tumulo de Rachel.
            Tempos depois, Iaacov chega a Chevron, ao encontro de Itschak seu pai. Neste contexto, a Torá relata o falecimento de Itschak, aos 180 anos de idade. Na verdade, sabemos que seu falecimento veio a ocorrer anos depois, após a venda de Iossef aos egípcios.


As famílias de Esav (36:1-43)

            Todo este capitulo, até o final da parashá, relata resumidamente as famílias de Esav e sua história, dos chefes dos clãs aos reis que os descenderam. Durante a narrativa, a Torá conta sobre o abandono de Canaã por Esav, por causa do irmão Yaacov.
            Desta forma, Esav admite que a herança de Eretz Israel, que havia sido prometida a Avraham e a Itschak, fora destinada a Iaacov-Israel e seus filhos.

Esta parashá contém 154 versículos.
                         


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R.Shmuel Lancry
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