Quem sou eu

Minha foto
Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Lendas do Folclore Tropicasher: O ISHUV DO LOKSHUN VERDE

exemplo de Lokshun

Tudo começou quando Amélia comprou uma boneca de shmate num atacado da José Paulino e pagou com três cheques pré-datados. Um voltou.
- Um voltou?! Mas isso é uma vergonha! - exclamou o rabino de Sabugowzky. Não se pode enganar os outros passando cheque bumerangue. Segundo o RAMBAM (Maimônides) isso seria Gnevát Deá!
- Ai, mas esse rabino é mais chato que pedaço de matzá sêco! - buchou Amélia.
- Amélia, veja como fala com o rabino!! Vou lavar sua boca com sabão casher le-Pessach! - disse Tia Ana Strasserman, que veio morar no Ishuv para aprender seus segredos e fundar um Ishuv Tropicasher em Israel, em alguma região entre Metúla e Eilat.
- Meus queridos, vamos colocar um fim nessa discussão imbecíl e tentar averiguar o ocorrido de maneira pacífica, julgando a todos favoràvelmente, como ensina a Ética dos Pais (Pirkei Avot), ponderou Dona Brácha, a governanta do Ishuv.
- Estou rolando em quatro para o que dizem os Pais...
- AMÉLIA!!! - calaram-na todos em côro, assim como fez Calev Ben Yefunê para calar os que caluniaram a Terra de Israel, quando Moshé rabeinu enviou para lá 12 espiões.
- Se não fossem nossos Sábios você hoje não estaria aqui, obtemperou Narigão, que acabava de entrar na sala justamente para dizer à Dona Brácha que não queria mais sair com o rapaz que conheceu pela Internet, porque ele tinha uma birruga estranha no dedo que clica o mouse.
- Narigão!! Se continuar recusando Shiduch desse jeito vai ficar para Tia-Avó, resmusgou carinhosamente Dona Brácha, como que insinuando a Narigão que ela já morava de graça no Ishuv há muitos anos e que com 67 anos de idade já seria hora dela arrumar um espôso.
O rapaz que se apaixonou por ela pela Internet, além de ser Idish e de boa familia, tinha só 24 anos e o pai era acionista da Microguishoft, uma das maiores empresas de Guishoft da região.
Amélia não se conformava com o cheque ter voltado e menos ainda com a surpresa geral.
Ela havia combinado com o gerente do banco que depositaria 48 milhôes de dólares na sua conta, assim que cobrasse um bilhete premiado da Mega-Sena que dizia ter ganho de herança.
O gerente do banco parece não ter acreditado em Amélia, que deu os cheques assim mesmo.
O rabino de Sabugowsky era uma pessoa corretíssima. Por isso estava sempre cismado com Amélia, que por sua vez espalhara pelo Ishuv que o rabino reaproveitava os canudinhos e palitos que usava quando iam aos restaurantes e os revendia com altos lucros.
O Talmud diz que as pessoas só apontam nos outros aquilo que vêem nelas mesmas. Por isso o rabino não dava bola, confiava sempre em HaShem e no final tudo viraria a seu favor.
Mas Dona Brácha não quis que o Ishuv ficasse com o nome melado na praça, por isso se propôs a trocar uns lockshun verdes para quitar a dívida com a loja caso Amélia não devolvesse a boneca.
Tarde demais. Amélia já tinha permutado a boneca por ações da New Shmate Textile Co., uma Multinacional do ramo da breguice aguda, líder no mercado de calças boca-de-sino e blazers.
Tia Ana Strasserman recomendou que se desfizesse a permuta, alegando um momento de bobeira de Amélia, mas o rabino não concordou: - Gam zu le tová... isto também é para o bem!
Dona Brácha concordou com o rabino. Quitou o cheque com a loja e disse a Amélia que esta teria de reembolsá-la pelo gasto ou dar a ela as ações da New Shmate recém adquiridas.
- Necasher de pitibiriba, disse Amélia. E se as ações valorizarem 2000% ao dia? A breguice anda solta por aí, gente. Outro dia vi na TV o porteiro dum hotel de luxo com a calça furada no joelho!
- Aquilo lá era o General de um exército em pleno combate, Amélia - remendou Narigão.
- Narigão, você não pode falar nada porque vive fazendo doação de sangue no Einstein só para tomar suco de caju de graça.
- AMÉLIA!!!!
***
Querido leitor, parece que temos aqui uma decisão Talmúdica a tomar:
Se Amélia entregar as ações e estas valorizarem, poderá cobrar uma parte dos lucros de Dona Brácha, a título de investimento feito em seu favor?
E caso consiga o dinheiro para reembolsar Dona Brácha e só aí as ações valorizarem, deve dar uma parte do lucro a esta, que pagou pelo cheque que voltou?
Mande o seu voto para o Tropicasher, escrevendo logo abaixo, porque aqui... VOCÊ DECIDISH!

GLOSSÁRIO DE TERMOS TROPICASHER:
Você Decidish = decide de um modo idish (usando argumentos judaicos).
Shmate = trapos
Gnevat Deá = ludibriar
Ishuv = povoado em Hebraico.
Compartilhar no Google+

Postar um comentário

Seus comentários são muito bem vindos.

 
Copyright © 2011. Tropicasher - All Rights Reserved
Templates: Mais Template
{ overflow-x: hidden; }