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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Parashá: Vaiakhel/Pekudei - a construção do MISHCAN (Tabernáculo)!!

Assuntos Principais da Parashá Vaiakhel



O Serviço do Mishkan (35:1)

Na parashá anterior aprendemos a respeito das atividades envolvidas com a construção do Mishkan do modo como Hashem ordenou a Moshé. No dia seguinte ao Yom Kipur, quando Moshé desceu do Monte Sinai com as duas novas Tábuas da Lei, reuniu o povo judeu para ensinar-lhes a ordem da construção do Mishkan assim como de todos os seus utensílios, do modo como lhe foi ordenado.


A Santidade do Shabat (35:2-3)

Moshé abre o seu discurso com a obrigação do cumprimento do Shabat, para ensinar ao povo judeu, assim como na parashá anterior, que a construção do Mishkan não afasta a santidade do Shabat e não desobriga as proibições do sétimo dia da semana.




Um chamado aos voluntários (35:4-20)

Moshé conclama os judeus a doarem ouro, prata, cobre e demais materiais exigidos na construção do Mishkan e de seus utensílios. Faz também um chamado aos artesãos e especialistas para que dediquem suas habilidades e tomem parte desta tarefa.


Os judeus respondem positivamente a este chamado (35:21-29)

A Torá relata o entusiasmo com o qual o povo judeu responde ao chamado de Moshé; homens, mulheres, crianças, todos são voluntários e doam tudo o que tem em suas casas para a construção do Mishkan.


Indicação dos responsáveis chefes das atividades (35:30-35)

Sob as ordens de Hashem, Moshé aponta Betzalel ben Uri ben Chur da tribo de Iehudá como chefe das atividades artesanais do Mishkan e ao seu lado, Ahaliav ben  Achissamach da tribo de Dan. Ambos eram dotados de um talento impar para este tipo de atividade e assim que foram indicados para suas funções Hashem os encheu de Ruach Hakodesh (espírito Divino) para que pudessem cumprir integralmente e sem falhas com suas missões.


Em clima de entusiasmo (36:1-7)

Os artesãos do Mishkan são chamados a Moshé para receber os materiais necessários. Enquanto isso as doações prosseguem incessantemente. Os artesãos pedem a Moshé que o povo pare de doar materiais ao Mishkan, pois a quantidade de material é imensa e não há necessidade de mais doações. Moshé manda uma mensagem aos acampamentos judeus e as doações cessam. 


As cortinas do Mishkan (36:8-19)

Os artesãos do Mishkan fizeram suas cortinas tecendo uma fiação feita com diversos materiais. A fazenda continha vários desenhos, tecidos com sabedoria e esmero e que representavam diversas figuras. O Mishkan media 30x10 Amot (15x5 m) e coberto por  panos por todos os lados. Os panos eram amarrados uns aos outros por meio de ganchos de ouro e argolas. As coberturas superiores do Mishkan tinham desenhos de animais.




A Estrutura do Mishkan  (36:20-34)

O Mishkan era construído com uma estrutura de madeira e vigas de Acácia, cuja altura era de 10 Amót (5 metros) e a largura de uma Amá e meia (75 cm). As vigas eram encaixadas em bases de prata ligadas uma à outra por trincos. Ambos, vigas e trincos eram revestidos de ouro. 


A cortina e o véu de entrada (36:35-38)

A cortina (Paróchet) que separava a parte dianteira (ocidental) do Mishkan e o Hechál era também feita de uma espécie de crochê com figuras de anjos; ou seja, uma cortina bordada e enfeitada. A Paróchet era suspensa por colunas de madeira folheadas a ouro.
A entrada do Mishkan também era separada por uma cortina bordada e suspensa por vigas de madeira revestidas de ouro.


O Aron, o Capóret e os Kerubim (37:1-9)

No Santo dos Santuários (Kodesh Hakodashim), o lugar mais sagrado do Mishkan estava a Arca da Aliança (Aron) e dentro dele as Tábuas da Lei. O Aron era feito de acácia, como um baú com uma abertura superior. Este baú era encaixado dentro de uma estrutura de ouro com o mesmo formato e dentro dele outro baú, também de ouro.  Deste modo a Arca era revestida de ouro por dentro e por fora. Em torno da borda da Arca, Betsalel fez um ramalhete de ouro. Os quatro cantos continham argolas por onde passavam as barras que serviam para transportá-lo. Por sobre a Arca um tampo de ouro que a fechava. Sobre este tampo haviam duas figuras aladas com as asas abertas, que tinham o rosto de um bebê e que fitavam uma à outra.


A Mesa (37:10-16)

A Mesa servia de suporte para o Pão da Proposição (Lechem hapanim) – 12 pães em forma de U, cuja face ficava voltada para fora. Betsalel fez a Mesa de acácia e a revestiu com ouro puro. A Mesa também possuía uma estrutura com quatro cantos ornados e em cujas argolas passavam barras de transporte.

Os artesãos do Mishkan fabricaram utensílios variados para possibilitar o seu trabalho – pás, bacias, tenazes etc – feitos de ouro puro. 

A Menorá (37:17-24)

A Menorá também ficava no Hechal. Sua singularidade era ter sido feita de uma só peça, sólida e maciça, sem encaixes, parafusos ou soldas. Todos os detalhes da Menorá precisavam ser talhados a partir de um bloco maciço. A Menorá possuía Sete braços – 3 de cada lado e um braço central. Os utensílios feitos para limpeza, acendimento e manutenção da Menorá também eram feitos de ouro puro.


O Altar do Incenso (Mizbeach Haketoret) 37:25-28

Além do Altar que ficava no Hechal do Mishkan e era destinado às oferendas, havia um outro Altar, menor, revestido de ouro, sobre o qual se ofereciam os incensos. Este Altar era feito de acácia, era quadrilátero e media meio metro quadrado. Sua altura era de um metro. Também era ornado nos cantos com argolas por onde passavam barras que serviam para transportá-lo durante a jornada dos judeus até chegarem em Israel.


O Incenso e o óleo da unção (37:29)

Betsalel preparava um óleo especial para ungir o Mishkan, seus utensílios, bem como os Cohanim, assim como o incenso (Ketoret Hassamim), feita com onze especiarias. Tudo isto o fez de acordo com a fórmula dada por Hashem a Moshé no Sinai como descrito na parashá Tetsavê.


A Oferenda de Elevação (Mizbeach Haolá) 38:1-7

Na parte externa do Mishkan, havia um altar de madeira coberto de Cobre – o Altar Externo, onde eram feitos os sacrifícios. Media 2,5 metros quadrados e sua altura era de 1.5 m. Este Altar também era dotado de argolas por onde passavam barras que serviam para o seu transporte. Este Altar era oco, e quando os judeus estacionavam o enchiam de terra.  Em seus quatro cantos haviam chifres cobertos de cobre. Restava fazer uma rampa pela qual os Cohanim subiam para fazer as oferendas.


O Lavatório (38:8)

Para santificar os pés e as mãos dos Cohanim, Betsalel fez um lavatório de cobre sobre uma base de cobre, com as doações dos espelhinhos das mulheres de Israel, que os usavam para se enfeitar para os esposos.


O Pátio do Mishkan (38:9-20)

O Mishkan era construído sobre uma área cujo comprimento era de aproximadamente 50 metros e cuja largura era de aproximadamente de 25 metros. A maior parte desta área servia como um pátio para o Mishkan – a Azará. O pátio era cercado por cortinas de linho torcido estendidas sobre colunas de madeira fincadas sobre bases de cobre. O próprio Betsalel revestiu estas colunas de prata, bem como os ganchos sobre as quais elas eram estendidas.

(esta Parashá contém 122 pessukim)


Assuntos Principais da Parashá Pekudê



O Senso das doações e Sua função (38:21-23)

A parashá Pekudê conclui o Sefer Shemót, assim como a descrição das atividades relativas á construção do Mishkan. Moshé Rabeinu e seu sobrinho Itamar, o Cohen, junto aos chefes das atividades de construção do Mishkan, Betsalel e Ahaliav contabilizam as doações do povo judeu, calculam os totais e as destinam a diferentes atividades. 

As doações de metais (38:24-31)

A Torá contabiliza a quantidade de ouro recolhida com as doações do povo judeu, mas não detalha seus diversos usos. O ouro fora destinado principalmente à Menorá, ao revestimento da Arca, ao Altar interno e à Mesa.

A Torá divide as doações da prata de acordo com suas finalidades: as bases do Mishkan, da Paróchet, os ganchos das colunas, o revestimento das maçanetas e dos engates.

As doações de cobre também são detalhadas pela Torá: elas foram utilizadas para as bases da abertura da Tenda da Reunião (Ohel Moed), como revestimento de fundo para o Altar Externo e seus utensílios, para as bases das colunas do pátio e do portal do pátio, assim como as pás do Mishkan, e as pás do pátio que serviram para amarrar as cortinas.


As vestes de Santidade de Aharon (39:1-31)

As doações de materiais de lã e fios variados serviram de material para confeccionar os tecidos e panos usados para cobrir o Mishkan, quando ele era transportado desmontado. Os mesmos fios eram usados para confeccionar as vestes sacerdotais do Cohen Gadol e demais Cohanim. Aqui a Torá descreve a fabricação das vestes sacerdotais do modo como menciona a Parashá anterior (não necessariamente nesta ordem)

Efod: tipo de avental que o Cohen veste por trás, na frente do peito até os tornozelos. Da parte superior do Efod descem duas faixas: uma contorna o corpo do Cohen e é fechada na frente, e duas ombreiras, fechadas atrás do pescoço. Sobre elas eram colocadas 2 pedras talhadas com os nomes das 12 tribos de Israel, 6 sobre cada pedra.

Choshen: sobre um tecido trançado com cinco diferentes fios eram incrustadas doze pedras preciosas; em cada uma era esculpido o nome de uma tribo. Além disso eram esculpidas letras que formavam as palavras “Avraham, Itschak, Yaacov, Shivtê Ieshurun”. O Cohen levava o Choshen sobre o peito, por cima do Efod. O Choshen ligava-se ao Efod por meio de duas correntes de ouro. Por sob o Choshen eram colocadas duas moedas entrelaçadas com fios de Techelet e fixadas a argolas presas às ombreiras, para que ele não balouçasse com o caminhar do Cohen. Sobre o Efod costuraram um pergaminho com o Nome do Eterno. O Choshen servia como uma espécie de “oráculo”, ou seja, o Cohen Gadol poderia formular perguntas sobre assuntos primordiais e referentes ao bem estar de todo o povo – as letras do Choshen cintilavam indicando a resposta vinda dos Céus.

   


Meil: por cima do Efod o Cohen vestia um manto feito com fios de lã de cor Techélet. A este manto eram costurados 72 sinos que tilintavam quando o Cohen se movimentava.

Tsits: sobre a testa do Cohen era colocada uma tiara de ouro com os dizeres “Kodesh LeHashem” – dedicado ao Eterno – onde Seu Nome era escrito com as Letras Sagradas do Tetragrama. Um fio de Techélet dava a volta por trás da cabeça por ambos os lados enquanto outro fio subia pelo alto da cabeça e unia-se ao anterior por trás da nuca.

Cotonet: era feita de linho, trançada em quadrinhos e fechada por todos os lados, de modo que poderia ser vestida apenas pelo pescoço. O Cohen vestia a Cotonet sobre o corpo, a fechava com Abent e sobre ela vestia o Meil e o Efod.

Mitsnefet/Migbaat: O Cohen Gadol vestia um chapéu de linho, feito de uma faixa de oito metros de que o Cohen enrolava sobre a cabeça até adquirir a forma de um turbante. Os Cohanim ordinários vestiam um turbante semelhante, com o formato de um chapéu.


Sã concluídas as atividades de construção do Mishkan (39:32-43)

Os filhos de Israel, e à sua frente os artesãos “sábios de coração” concluíram a confecção de todos os elementos do Mishkan. Para atestar a conclusão deste processo, levaram suas partes e utensílios até Moshé Rabeinu. Moshé demonstrou enorme satisfação com a qualidade do trabalho realizado e como ele se adequava exatamente ao que D-us havia ordenado. Moshé abençoa todos os que trabalharam no Mishkan: “Que a Presença Divina paire sempre sobre vossas ações” e com um versículo que mais tarde faria parte dos Salmos (90): “Que sobre nós pouse Tua graça, faze prosperar as obras de nossas mãos”.  


A ordem Divina para erguer o Mishkan (40:1-16)

Hashem ordena que Moisés erga o Mishkan no primeiro dia do primeiro mês – Nissan. A Torá começa a relatar a comando Divino do posicionamento de cada um dos elementos do Mishkan no seu lugar apropriado; a unção dos utensílios; a vestimenta dos Cohanim com suas roupas especiais e sua unção com o óleo especial para isto.

Moshé ergue o Mishkan (40:17-33)

É chegado o grande dia, primeiro de Nissan, quase um ano após a saída dos judeus do Egito (15 de Nissan). Moisés ergue o Mishkan e posiciona cada um dos seus elementos no seu lugar adequado.   

A Shechiná – Presença Divina  - paira sobre o Mishkan (40:34-38)

Com o erigir do Mishkan completa-se o mandamento “E pousareis sobre vós” e como diz o versículo: “E cobriu a nuvem a tenda da reunião, e a glória do Eterno encheu o Tabernáculo”. A presença desta nuvem sobre o Mishkan sinalizava para os judeus e continuação de sua parada em determinado lugar. Quando a nuvem começava a subir por sobre o Mishkan, o povo de Israel sabia que deveriam desmontá-lo, assim como todo o acampamento e prosseguir sua jornada.  


(esta Parashá contém 92 pessukim) 
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R.Shmuel Lancry - Beit Hassofer - 989312690.
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+ comentários + 1 comentários

27 de março de 2017 às 08:33

Parabens pelo ótimo Trabalho!

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