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Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Posso desejar Mazal Tov em Tisha B'Av ?

                                               

                      Será que posso desejar Mazal Tov em Tisha B´Av ? 
  
                               
                                                             Bs”d
                            
אין שאלת שלום לחברו בתשעה באב. והדיוטות שאינם יודעים ונותנים שלום, משיבים להם בשפהה רפה ובכובד ראש  (שו"ע הלכות תשעה באב ס' תקנד,כ)

Não se deseja Shalom (cumprimenta) ao próximo em Tisha B’Av. Pessoas desconhecedoras desta restrição que cumprimentarem devem ser respondidas de forma recatada e séria (Shulchan Aruch,554:20)

Desejar “Shalom” a alguém ou perguntar “Mah Shlomcha? Como vai?" que sempre foi considerada a forma normal de se cumprimentar alguém é proibido em Tisha B’Av. Isto se deve á seriedade do dia e ao fato que somos todos considerados enlutados nesta data de luto nacional para todo o Am Israel. Mantendo esta seriedade nos leva a introspecção e  nos ajuda a refletir sobre o significado do dia e não nos distrairmos, lembrando que é um momento de sofrimento e não de Shalom. Esta restrição se aplica o dia inteiro, e não somente até o meio-dia quando já podemos sentar nas cadeiras. Obviamente, se comunicar através de mensagens de texto desnecessárias não condizem ao clima do dia.

Embora há os que expliquem que cumprimentar dizendo Shalom hoje em dia não se compara á Sheelat Shalom da época do Talmud, mesmo assim a grande maioria sustenta que esta proibição ainda se aplica. Afirma a Mishna Berura ser proibido até mesmo dizer “Bom Dia!”(algo que é permitido ser dito normalmente antes da Tefilah) mesmo que não se mencione a palavra Shalom.
No entanto, afirma o Shulchan Aruch que caso alguém que desconhece esta lei tenha nos cumprimentado, podemos responder com sensibilidade, acenar a cabeça, mantendo a seriedade do dia mas respondendo de tal forma que ela não se ofenda e mantenha algum ódio por isto.

A dúvida que surge é em relação a desejar Mazal Tov. Alguém que ganhou um filho, ou se noivou ou virou pai ou mãe, pode receber tal Brachá? Afirmam os Poskim que já que Mazal Tov é uma Brachá e não Sheilat Shalom, seria permitido desejá-lo em Tisha B’Av assim como um enlutado poderia fazê-lo. (R. Eliashiv, R. Shlomo Zalman Auerbach). O Rav Nissim Karelitz,shlita no entanto explica que por mais que seja permitido para um enlutado fazê-lo, se possível deveria deixar isto para uma hora mais apropriada. Mas caso a pessoa esteja num Brit Milah, certamente ela poderia desejar Mazal Tov no momento do Brit. (Ela só não pode dizer “Estou com um presente para você!”).

Quanto a desejar Refuah Shelemah (melhoras) seria permitido até mesmo em Tisha B’Av por ser também uma Brachá, assim como perguntar para uma pessoa que estava passando mal “Como você está se sentindo” se enquadra neste permissão. A expressão Lehitraot que significa -nos veremos - não deveria ser usada a menos que se acrescente “Nos veremos no Beit Hamikdash”.

Algo tão simples e tão comum do nosso cotidiano, que fazemos até mesmo automaticamente, foi proibido neste dia. Isto nos revela o quanto poderoso é um simples ato de cumprimentar o próximo, quanta alegria, proximidade e conforto isto pode trazer. Que possamos aprender através destes momentos de divisão e tristeza, a força, a união e a beleza que causamos com um simples Shalom.


Yitzchak Benroubi
Estas questões são parte dos assuntos tratados  no shiur Mishna Brura Yomi ( Netivot HaTorá) e só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.

Meór HaShabat Semanal - pré 9 beAv


Qual o dia mais triste da vida de uma pessoa? 

Provavelmente é o dia do falecimento de um parente mais próximo (pai, mãe, irmão, irmã, filho, filha ou cônjuge). E se a pessoa não sente nenhuma tristeza pelo falecimento de seu parente próximo? Então certamente deveria se sentir triste por sua falta de apreço e por sua incapacidade de sentir a emoção apropriada.
          
           Dia 31 de julho, 2a feira à noite, iniciando-se com o nascer das estrelas, até o anoitecer de 3a feira, é quando Tishá BeÁv, o 9o. dia do mês Judaico de Av, é observado. (Em S. Paulo, o jejum se inicia às 17:43 hs de 2a feira e se encerra às 18:14 hs de 3a feira).

            Tishá BeÁv é o dia mais triste do calendário Judaico. O que a pessoa deve fazer se não tem nenhum sentimento em especial por Tishá BeÁv? Se for Judia e se se identifica com o Judaísmo, então lhe cabe descobrir o porquê de nós, como um Povo, estarmos de luto neste dia. O que perdemos nesta data? O que ela significa para nós? O que devemos fazer para recuperar o que perdemos? No mínimo deveríamos sentir muito pelo fato de não sentirmos nenhum pesar nesta data.
Em 1967, paraquedistas israelenses capturaram a Cidade Velha de Jerusalém e abriram caminho até o Muro das Lamentações (Kotel HaMaaravi - www.aish.com/wallcam/). Muitos dos soldados religiosos estavam tomados de emoção e encostaram-se no Muro, orando e chorando. Um pouco afastado do Muro estava um soldado não religioso que também estava chorando. Seus colegas perguntaram: Por que você está chorando? O que o Muro representa para você? O soldado respondeu: Estou chorando por não saber por que deveria estar chorando!

            O dia de Tishá BeÁv é observado para lamentarmos a perda dos dois Templos Sagrados de Jerusalém. Qual foi a grande perda resultante da destruição dos Templos? Foi a perda do sentimento da presença Divina entre nós. O Templo era um local de orações, espiritualidade, santidade e milagres a céu aberto. Era a parte mais importante do Povo Judeu, o ponto focal da identidade Judaica. Três vezes ao ano (Pessach, Shavuót e Sucót) todo Judeu ascendia ao Templo. Sua presença permeava todos os aspectos da vida Judaica: o planejamento do ano, o lado para onde a pessoa se voltava para rezar, onde recorria por justiça ou para estudar Torá, onde trazia certos dízimos, etc.

            Neste mesmo dia, através da História, muitas tragédias aconteceram com o Povo Judeu, incluindo:

1.    O incidente com os espiões difamando a Terra de Israel, com o consequente decreto para vagarem pelo deserto por 40 anos.
2.    A destruição do Primeiro Templo, em Jerusalém, por Nevuchadnétzar, Rei da Babilônia.
3.    A destruição do Segundo Templo, em Jerusalém, pelos romanos, no ano 70 E.C.
4.    A queda da cidade de Betar e o fim da revolta de Bar Kochvá contra os romanos, 62 anos depois, no ano 132 E. C.
5.    Os Judeus da Inglaterra são expulsos em 1290.
6.    Iniciam-se as Primeiras Cruzadas. Dezenas de milhares de Judeus são mortos e muitas comunidades por toda a Europa, completamente destruídas.
7.    Os Judeus da Espanha são expulsos em 1492, dando início à Inquisição Espanhola.
8.    A Primeira Guerra Mundial irrompeu em Tishá BeÁv de 1914, quando a Rússia declarou guerra contra a Alemanha. O ressentimento alemão após ter sido derrotado criou o palco para o Holocausto.
9.    Começa a deportação dos Judeus do Gueto de Varsóvia.





            Tishá BeÁv é um dia de jejum (com a mesma duração que Yom Kipur: do anoitecer de um dia até o anoitecer do dia seguinte) que culmina e encerra as Três Semanas de luto do Povo Judeu. Neste dia somos proibidos de comer e beber, banhar-nos, usar cremes, loções ou óleos, calçar sapatos de couro ou manter relações conjugais. A ideia é minimizar o prazer e fazer o corpo sentir o desconforto que a alma deveria sentir em relação a tragédias como estas. Como em todos os dias de jejum, o objetivo deste dia é a introspecção, fazendo um balanço espiritual e corrigindo nossos caminhos – o que em Hebraico é chamado Teshuvá, o retorno para o caminho do bem e da honra. Os Tefilin são colocados somente na parte da tarde, após as 13:00 hs.

            Teshuvá é um processo de quatro etapas:

1) Precisamos nos conscientizar das coisas erradas que fizemos e nos arrepender de tê-las feito. 2) Precisamos parar de fazer estas transgressões e corrigir quaisquer danos que possamos ter causado. 3) Devemos aceitar sobre nós não repetir o erro novamente. 4) Precisamos, verbalmente, pedir ao Todo-Poderoso que nos desculpe.

           Na noite de Tishá BeÁv lemos na sinagoga a Meguilá Eihá (pronuncia-se Eirrá), o livro das Lamentações, escrito pelo profeta Yrmiáhu (Jeremias). Também recitamos as Kinót, poemas especiais recontando as tragédias que aconteceram com o Povo Judeu durante toda a História (Disponível em www.artscroll.com/Products/KPAP.html). Com o ambiente à meia luz, sentamo-nos em almofadas ou pequenas banquetas em sinal de luto.

           O estudo da Torá é o coração, a alma e o sangue do Povo Judeu. É o segredo de nossa sobrevivência. Estudar leva ao entendimento e o entendimento leva à ação. Uma pessoa não consegue amar aquilo que não entende. Estudar Torá nos dá uma grande satisfação ao nos proporcionar a oportunidade de entendermos nossas vidas. Em Tishá BeÁv somos proibidos de estudar Torá, com exceção daquelas partes que tratam sobre as calamidades que o Povo Judeu tem sofrido. Precisamos parar, refletir, mudar a nós mesmos e, somente assim, estaremos aptos a fazer deste um mundo melhor.


           Durante toda a nossa História passamos por Holocaustos, Pogroms, Cruzadas e outros massacres. Isto por si só já nos faria despertar a seguinte pergunta: Por que nossos ancestrais tão persistentemente insistiram em se manter Judeus quando, com poucas palavras, poderiam ter se convertido – exceto durante o Holocausto – e salvado suas vidas e a de seus familiares? O que eles sabiam que não sabemos? O que precisamos então saber? Para aprender mais, clique em www.aish.com/holidays (em inglês) ou www.aishlatino.com/h/9av/ (em espanhol).

O Generoso Chefão


O filme "O poderoso chefão" começa com esta cena:

No casamento da filha, o padrinho (chefe da máfia) faz um favor a cada convidado.
Um dos convidados pede que tire seu filho da cadeia porque seu advogado não está conseguindo.

- Porque não veio até mim antes de ir ao advogado? Indaga Don Corleone.

O homem em questão ficou sem resposta e constrangido.
Agora teria de colocar a própria vida nas mãos do mafioso para ter o filho solto.

Paralelamente, alguns de nós só se lembram de D-us quando estão em alguma enrascada.
Mas Ele disse na Sua Torá o que devemos fazer para que Ele esteja sempre ao nosso lado.

Devemos ir a Ele antes de colocar nossas vidas nas mãos de pessoas em carne e osso, 
falíveis e que nem sempre corresponderão aos nossos anseios.

Por ser um dia importante para ele, o mafioso terminou por conceder o favor ao convidado 
e tirou o filho dele de trás das grades, não sem antes deixar claro que um dia poderia vir cobrar a fatura.

Hashem está sempre perto de nós e quer nos conceder favores, e sem cobrar nada por isso, 
senão fazer bem aos outros, a nós mesmos e que observemos as Suas Mitsvót.

Precisamos ir a Ele antes de ir a outros humanos.
Somos nós que O servimos e não Ele que nos serve.

Capisce?




Mensagem da Parashá - Dvarim - ONG TORÁ

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Mensagem da Parashá - Dvarim
 
Está escrito na nossa Parashá:- "E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo...". Dizem nossos Sábios (como traz Rashi) que Moshe explicou a Torá em setenta línguas diferentes.
 
Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas? Rabi Moshe ben Nachman (Ramban) nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na "Língua Santa" que é o idioma Divino no qual D-us falou com Moshe e com os Profetas. Sendo que a Torá é a "Torá de Hashem", Hashem "nos deu Sua Torá ", aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na "língua Divina", a "Língua  Santa".
 
A definição de Torá “escrita” é : nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais , mas exatamente como foi dada por D-us , e por esse motivo a leitura do Sefer Torá  na sinagoga  é considerado estudo e tem que se dizer uma Brachá com nome de Hashem, mesmo que o Judeu que está  dizendo a Bênção não entende o que está lendo (e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção ) talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na "língua Santa", idioma no qual ela foi dada por D-us !
 
E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá , chamadas de "Torá Oral", mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento , e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la , mesmo assim a Halachá é que "pensamento não é fala" e algumas leis que recaem sobre "falar" palavras de Torá são vigentes  também em relação a Torá Oral como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.
 
Ainda mais, sendo que a "Torá Oral" também é de D-us poderíamos dizer que a classificação de "Estudo de Torá" só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por D-us, na língua Santa.
 
Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá. Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas , a partir daí recai o nome de "Torá" sobre assuntos de  Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D-us deu a Torá, mesmo assim recai sobre ela a classificação de "Torá" a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras "Palavras da Torá" e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a "Bênção da Torá" (e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos)
 
A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo "Yegar Sahaduta" , "Totafot" e etc. O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa "repassar" a Torá por meio delas .
 
Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala, (Somente indicando que isso é possível) e Moshe Rabeinu fez em larga escala , traduzindo toda a Torá para setenta línguas , aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual. Surgiram novas línguas , todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.
 
Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje. Sabemos que a "Lingua Santa" , que por meio dela
D-us criou o mundo , foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel. A maior prova disso é que o Povo de Israel  que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo. O Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo deu origem ao aramaico e o aramaico  ao árabe e a "Língua Santa" inspirou os escritores que fizeram o hebraico moderno. E esse é o motivo que a Torá nos deu essas dicas de tradução como "Yegar Sahaduta " que é uma palavra em aramaico e Totafot que é em africano.
 
Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da "Língua Santa"  já vem com a santidade do"Idioma  Divino" ? A Torá nos dá a dica: Está escrito-"Yaakov chamou aquele lugar de "Gal Ed" e Lavan de "Yegar Sahaduta" ou seja, tanto os idiomas derivados da "Língua Santa" quanto os derivados das outras línguas são o idioma de "Lavan o Arameu" e precisam ser refinados pela Torá !
 
O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , "Moshe recebeu a Torá no Sinai", a tal ponto que disseram nossos Sábios :-"Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai", por isso também esse fato de serem chamados de "Torá" os assuntos de Torá  ditos nas setenta línguas teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.
 
Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas , Moshe e os anciões de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras dessa Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe ben Maimon (Rambam) que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.
 
Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas,
nos dois casos ela se tornou considerada "Torá" com toda a devida santidade relacionada a ela.
 
Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo. Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos e a outra para que essa santidade recaia sobre a escrita dos povos. Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados ,"Sifrei Kodesh " e devam ser cuidados  com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na "Língua Santa"
 
Nosso quinto livro da Torá, (Devarim) é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá. Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.
 
Moshe  sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida , e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes. Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus , para dar mérito a judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.
 
Ele estava empenhado e dedicado para que  pessoas que nem sabem falar a "Língua Santa" possam saber o motivo que D-us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui. Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !
                                                       
 
A Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir , terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao  povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav (habitantes de Seir) e até pagar pela água que beberem. O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: – “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas  necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”
 
Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel !
Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário! Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi)
 
A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer. Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!
 
O Baal Shem Tov conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor. As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que , quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei , mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei . (Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que:) quando o pobre pede algo para o Rei ele ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele ganha um presente muito grande , por isso temos que rezar com muita  alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.
 
Por que essa ordem em relação às Edom foi dada se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?
 
Sendo que a Torá é eterna e os seus ensinamentos são eternos eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora! Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não esquece de nós um único instante!
 
Para história leis e costumes de Tisha Beav acesse ao nosso sitewww.ongtora.com
 
Agradecemos profundamente à Fernanda e Elias Messer que por meio de sua empresa Line Life apóiam a nossa ONG TORÁ , que no mérito dessa grande Mitzvá Hashem dê a eles sucesso total e em grande estilo !

Nossos agradecimentos à querida família Nasser, às famílias Gueler e Rabinovich , à Francis e Fábio Grossmann (grupo Facislito) , à família Guttmann, ao hotel Rojas nosso muito obrigado, à empresa Neeman despachantes aduaneiros, à família Mamprim pela revisão do carro da ONG, à Yehuda e Laura Carmi por patrocinarem um aluno para ir estudar em Israel, à Efraim e Daniela Gadman, à família Grinszpan , à Samy Sarfatis Metta , à empresa Adar , à Néia  e seu marido Anderson, à Tiago e Rosiele Bolcont , e à todos vocês que estão nos apoiando , muito sucesso, muita saúde, muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família!

Nossa Parashá é dedicada à Refuá Shelemá de Daniel ben Kendel

Nossa Parashá é oferecida em memória de
Mazal Bat Esther Nasser z"l
(5 de Sivan de 5741)
Haim Ben Shafia Nasser z"l
(17 de shevat de 5762)
Esther bat Olga z"l
(11 de Kislev)
Mordechai ben Sarah Douek Hacohen

(26 de Tamuz)


Se você quiser dedicar uma Parashá entre em contato:   rabinogloiber@ongtora.com

Rabino Gloiber
Your Personal Rabbi

Há controvérsias...

O termo hebraico para controvérsia ou divergência, é Machlóket מחלוקת.

(nota: o fonema ch em hebraico é lido como rr de carro ou j em espanhol).

Uma característica conhecida do idioma hebraico é que o significado das palavras traduz-se nas próprias letras que a formam.

Assim, o termo Machlóket vem do hebraico Chélek - חלק - que significa parte.

Uma Machlóket é válida, quando as opiniões diferem por focar em diferentes partes de um mesmo todo, mas não necessariamente se conflituam. Do contrário, tratar-se-ia de um embate e não de uma controvérsia.

O Talmud cita dois tipos de Machlóket:
  1. Machlóket leshêm Shamáyim (em nome dos Céus)
  2. Machlóket she'ló leshêm Shamáyim  (em nome de si próprio/a).

                                                     


The death of Korah, Dathan, and Abiram 
(1865 etching by Gustave Doré)

  • Que Machlóket é feita em nome dos Céus? Aquela entre os Sábios Shamai e Hilel. Ambos divergiam sobre a ordem do ascendimento das velas de Chanucá, a ordem do Kidush no Shabat, o valor mínimo dado à noiva em sua boda, etc.
  • E qual não honra os Céus? Aquela que existiu entre Côrach (Corá) e sua gente. Ora, Côrach divergiu de Moisés, não de sua gente!

Exatamente. Mas como o objetivo de Côrach era provocar Moisés e questionar sua liderança, ele terminou por discutir com sua gente e arrastar a todos para um final infeliz.

Que nossas divergências sejam sempre em nome dos Céus.


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Sobre a machloket de Beit Shamai e Beit Hilel ouvi algo incrível. Logo após uma discussão sobre ibum, onde o resultado dessa discussão é uma divergência gigante, a tal ponto que, de acordo com um o casamento do outro é passul (!) e vice-versa, a Mishná faz questão de dizer: "E apesar disso, não deixaram de casar entre si" (Yevamot 1;4).

Ou seja, apesar de haver uma divergência de opiniões a ponto de, de acordo com a opinião de Beit Shamai, o casamento de Beit Hilel ser inválido, não deixaram de se casar!
Isso nos mostra como os dois lados tinham humildade e entendiam que o outro lado (o outro chelek) também buscava a verdade e servir a D'us de forma sincera.


É essa humildade e compreensão que faltou a Corach, de acordo com Chachamim


Contribuição de R´ Luli Rosenberg - Yeshivá Har Hamor de Jerusalém



Parashá Matot/Massaei esmiuçada - Beit Hassofer.

Assuntos Principais da Parashá Matot


Votos e juras (30-2:17)

            Moshé reúne os chefes das tribos e descrimina todas as leis referentes aos votos e juras, para que possam aprender os filhos de Israel.

            A base de todo este tema é o mandamento “Quando um homem fizer um voto ao Eterno... não profanará a sua palavra. Como tudo que saiu de sua boca, assim fará”. Se uma pessoa faz algum tipo de voto ou promessa, o não cumprimento daquilo com o qual se comprometeu é uma profanação das próprias palavras.

            Se uma moça jovem ainda vive na casa de seu pai, é dele que depende o cumprimento dos seus votos. Quando ela amadurece e se casa, seus votos passam a depender do acordo de seu esposo. Nestes dois casos, se pai ou esposo não concordarem com o cumprimento de uma promessa, ela pode ser anulada (Atarát neder). 


Israel na chegada dos Judeus após 40 anos no deserto.


Moshé vinga-se de Midian (31:1-12).

            Na parashá anterior – Pinchas – a Torá assinalou o povo midianita como inimigo de Israel, por culpa do enorme estrago que lhe causaram. Agora Hashem manda que Moshé, antes de sua morte, vingue o povo de Israel nos midianitas.

            Moshé rabeinu recruta mil israelitas de cada uma das tribos, num total de doze mil homens. Á frente deles marcha Pinchas filho de Elazar Hacohen, que transporta consigo a Arca da Aliança para o campo de batalha, assim como a tiara sagrada do Sumo Sacerdote e as trombetas.

            O povo de Israel sai vitorioso da guerra contra os midianitas, queima suas cidades, mata seus homens e seus cinco reis, assim como o perverso Bilam. Mulheres, crianças e o espólio de guerra são recolhidos e levados até o acampamento israelita.


Moshé zanga-se com seus comandantes militares (31:13-24)

            Moshé zanga-se por haverem trazido as moças de midian para o acampamento, as mesmas que haviam feito os israelitas pecar. Por isso Moshé manda matar todas as mulheres adultas assim como os homens. Ordena também que todos os que guerrearam se purifiquem antes de adentrarem o acampamento, por terem se impurificado com os mortos na guerra.

            Elazar Hacohen explica aos comandantes como devem proceder para purificar os espólios de guerra dos midianitas idólatras. Os metais devem ser chamuscados a fogo, enquanto os materiais que não podem ser chamuscados devem ser imersos num Micvê. Os utensílios apropriados dos midianitas [assim como de todos os povos idólatras] só poderiam ser utilizados pelos judeus após terem sido purificados segundo as regras estabelecidas nesta parashá.


A divisão do espólio e as doações (31:25-34)

            O Altíssimo ordena a Moshé que contabilize o espólio tomado dos midianitas. Hashem fixa também o modo como ele deve ser dividido: metade para os guerreiros e metade para o restante da população. Os guerreiros devem recolher 1/500 de sua parcela como doação para os Cohanim e a população deve recolher 1/50 de sua parcela como doação para os Levitas.

            A Torá relata em pormenores os itens tomados como espólio de guerra, assim como o dividendo estipulado para os Cohanim e Levitas.
            Durante a divisão, os militares se dirigem a Moshé, expressando sua vontade de entregar todas as jóias de prata e ouro pilhadas, como doação para Hashem. Esta oferenda tem por meio agradecer a D-us pelo fato de todo os guerreiros terem retornado ilesos ao acampamento. Moshé e Elazar aceitam de bom grado esta oferenda e levam todas as jóias à Tenda da Reunião, para servirem de mostra e lembrança do milagre que lhes ocorreu e sua conseqüente oferenda de agradecimento. 


A possessão de terra das tribos de Gad, Reuven e metade da tribo de Menache (32:1-42)

            As tribos de Gad e Reuven, cujos rebanhos eram numerosos, pedem para ficar com a margem leste do Jordão, local rico em pastagens. Moshé vê neste pedido uma tentativa de evadir da obrigação de entrar para a Terra de Israel do lado oeste, um processo que exigiria anos de luta e de organização das possessões das tribos. Moshé lembra-os do episódio dos espiões, que tentarem induzir os corações do povo a não entrarem na terra e como haviam sido severamente punidos por isto. Moshé compara seu pedido ao pecado dos espiões.  

            Os representantes das tribos esclarecem a Moshé não ser esta a sua intenção. Pelo contrário, eles pretendiam alistar-se à frente das demais tribos para adentrarem o lado ocidental da terra de Israel e conquistá-la [para todo o povo].   

            Moshé se convence da idoneidade destas palavras e lhes propõe um trato condicional: se passarem para o lado oeste do Jordão e ajudarem seus irmãos a guerrear, terão então o direito de se assentarem do lado leste de Israel. Do contrário, não receberão o lote pleiteado. Moshé transmite estas palavras a Iehoshua bin Nun, líder encarregado de conduzir o povo na entrada a Eretz Israel.

            Sob as instruções de Moshé, as tribos de Gad, Reuven e metade da tribo de Menashe erguem cidades para suas mulheres, filhos e rebanhos, quando eles próprios fazem os preparativos para cruzarem o Jordão adiante de todo o povo.


Esta parashá contém 112 versículos.
Assuntos Principais da Parashá Massê


Total das jornadas dos filhos de Israel pelo deserto (33-1:49)

            A parashá Massaê, ligada este ano à parashá Matot, encerra o livro Bamidbar, o quarto Chumash da Torá.
            A Torá relata as 42 jornadas e paradas pelas quais passaram os filhos de Israel durante quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a partir da saída de Ramsés no Egito no dia 15 de Nissan, deixando para trás os egípcios, que enterravam seus mortos, até estacionarem no Jordão nas planícies de Moav. 
            Ao longo da descrição das jornadas, a Torá vê por bem relembrar um único episódio: o falecimento de Aharon no quadragésimo ano após a saída do Egito, no primeiro dia do mês de Av, aos 123 anos de idade. A Torá menciona indiretamente que, como decorrência da morte de Aharon, os cananitas decidem atacar Israel, aproveitando-se da morte do Tsadik.


Evacuar a terra de estrangeiros e divindades (33:50-56).

            O Todo-poderoso ordena a Moshé que envie uma mensagem importante aos israelitas antes de entrarem na Terra Prometida: para nela poderem viver com tranqüilidade e segurança, será preciso expulsar os inimigos e destruir seus objetos de idolatria. Se não o fizerem de modo integral, os remanescentes se tornarão com o tempo hostis a Israel, e suas adorações terminarão por seduzir e fazer pecar o povo judeu.


As fronteiras da Terra Prometida (34:1-15)

            Hashem delineia para Moshé as fronteiras de Israel – segundo as quais deve direcionar seus planos de conquista. O país dentro destes limites servirá de assentamento para nove tribos e meia – excetuando as duas tribos e meia que assentarão o lado leste do rio Jordão.


Os dirigentes que dividirão a terra (34:16-29).

            Antes de começarem a conquista da terra, Hashem determina os líderes que farão sua partilha entre as tribos de Israel. De acordo com esta determinação, Elazar Hacohen e Iehoshua bin Nun encabeçarão a partilha, e sob sua liderança estarão os príncipes das tribos, cujos nomes são descritos pela Torá.

A possessão da tribo de Levi (30:1-8)

            Os Levitas não tomaram posse da terra assim como as demais tribos. Suas terras não incluíam campos para pastagem e plantio, pois eles se dedicavam integralmente ao serviço do Templo e ao estudo da Torá. Por este motivo terão de assentar-se nos terrenos em torno de cada cidade de Israel, assim como em outras 48 cidades-dormitório, além de seis cidades cuja finalidade era servir de refúgio a homicidas culposos (que mataram não intencionalmente), como a Torá menciona a seguir.

Cidades refúgio (35:9-34)

            A Torá faz uma distinção entre o crime doloso (intencional), que deve ser submetido a julgamento e sujeito a pena capital se for considerado culpado, e o crime não intencional, ou culposo. O homicida culposo não é indiciado, mas pode ser morto pela família da vítima, afoita por vingar seu falecido. Para salvar-se deste tipo de vingança, o homicida poderia refugiar-se numa das seis cidades refúgio – três do oeste e três do lado leste do rio Jordão. Neste caso, era proibido aos membros da família da vítima entrar na cidade para matá-lo. O refugiado poderia retornar à sua cidade com segurança somente após a morte do Sumo Sacerdote daquela geração. Caso deixasse a cidade antes disto, poderia ser morto pela família da vítima.
            A Torá descreve aqui algumas leis concernentes os tipos de crime em caso de morte e algumas regras segundo as quais alguém poderia ser indiciado por assassinato.


As filhas de Tselofchad – casamento endogâmico (36:1-13)

            Após o veredito, como mencionado na parashá Pinchas – que as filhas de Tselofchad tinham direito à partilha da terra, por serem herdeiras de uma família sem filhos homens, os membros de sua tribo dirigem-se a Moshé apelando para que elas não se casem com filhos de outras tribos, para que suas terras não passem de uma tribo à outra. Moshé aceita seu argumento e determina que as filhas de Tselofchad, assim como outras mulheres em situação semelhante, poderiam se casar com quem lhes aprouvesse, conquanto fossem da mesma tribo. Para que terras herdadas por mulheres não passassem de uma tribo à outra.  
            De fato, as filhas de Tselofchad terminaram por se casar com seus primos, da mesma tribo.


Esta parashá contém 132 versículos.

R.Shmuel Lancry
 989312690-

ONG TORÁ NEWSLETTER-Matot-Mass'ei-Shabat Mevarchim


בס''ד
פרשת מטות מסעי
 מוקדש על ידי אברהם בן מרדכי הכהן דואק לעילוי נשמת אביו מרדכי בן אברהם ושרה הכהן דואק
Nossa Parashá é dedicada por Alberto Douek e Família em honra ao Yohrtzeit (אזכרה) de Mordechai ben Sarah “alav hashalom” que começa hoje ao anoitecer (26 de Tamuz). Que Hashem o tenha no Gan Éden e que em breve chegue o Mashiach e todos os mortos ressuscitarão .
 
Essa semana têm duas Parashiot
Matot e Mass’ei
 
Matot
Nossa Parashá   nos conta que se alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra. Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa)  quando prometemos alguma coisa , para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá proíbe ? Simples ! Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro e nossa Alma antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos , consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

Conclusão: Não é recomendado pelos nossos Sábios fazer juramentos ou promessas. Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder”

Massei

Nossa Parashá ( Mass’ei) nos conta sobre alguém que matou uma pessoa acidentalmente é chamado de assassino (Mesmo que foi acidentalmente, ele é chamado de “Assassino acidental”) e recebe um  castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria . O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer. O versículo diz que depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar para a sua terra. Porque então a Torá continua chamando ele de assassino  sendo que depois de ele ter recebido o castigo no tribunal deste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ? No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins e o fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino. Depois que ele cumpre a sua pena e por meio disso se torna um Tzadik , diz a Torá : Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança. A linguagem é estranha ! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois que ele cumpriu sua pena ? Simples!  A Guemará (Macot 11b) nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem  e  o fato de isso ter acontecido mostra  que o Cohen esqueceu de rezar para isso .  A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa voltar do exílio. A mãe do Cohen Gadol levava para essas pessoas roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o único jeito de anular essa propensão de reza, ou seja, depois que ele recebeu roupa e comida dela ele só iria dar bênçãos para essa família.

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que sempre deseje o nosso bem

Quarenta e duas viagens

O povo de Israel fez  quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”. O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos lendo Parashat Massaei na Torá ?

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens para percorrer durante a sua vida planejado lá de cima. A Torá fala sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer, o objetivo dessas viagens eram para elevar pequenas “Revelações Divinas” . Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparando-a a uma Luz essas pequenas revelações serão chamadas de “Centelhas Divinas”, o objetivo dessas viagens era fazer um concerto “Tikun”(conserto) espiritual nesses lugares e elevar essas “Centelhas Divinas”. Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar. O Baal Shem Tov diz que cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida. Tudo é determinado até os pequenos detalhes, onde vai morar, onde vai trabalhar,para onde vai viajar , onde vai passar uma semana , onde vai passar um ano , onde vai morar mais ou menos tempo.

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar que eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira. Por incrível que pareça vemos isso dia a dia com nossos próprios olhos. Todos nós somos Sefaradim (Judeus Espanhóis) ou Ashkenazim (Judeus Alemães ) . 
Nossos avós vieram de países Árabes ou da Europa oriental, ou seja, somos Sefaradim porque morávamos na Espanha,mas nenhum de nossos avós veio da Espanha, vieram da Síria , do Líbano, do Marrocos. Somos Ashkenazim porque viemos da Alemanha, mas nossos avós Ashkenazim vieram da Rússia, da Polônia, da Hungria, da Romênia. 
Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar e ninguém nunca vai querer morar na Polônia ou na Romênia. Todos nós Judeus brasileiros temos ou pais ou avós ou bisavós que vieram de fora, e mesmo nossos avós na Síria e no Líbano eram chamados de Espanhóis (Sefaradim) 
E nossos avós da Romênia e na Rússia eram chamados de Alemães (Ashkenazim). 
Ou seja, nenhum de nós não pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha. Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram Sefaradim. 
Todos nós Judeus temos uma cara Européia ou Árabe mesmo sendo Judeus brasileiros , ou seja, a marca registrada de que somos turistas em qualquer país que estejamos, “Trade Travellers”, “Turismo de negócios”,  deslocamento voluntário temporário envolvendo fatores como transporte, hospedagem, alimentação e lazer, realizado por um indivíduo com o propósito de desenvolver empreendimentos com fins lucrativos, através de reuniões de negócios, fechar acordos, comprar produtos ou serviços ou acertar outras questões pontuais relacionadas a atividade de mercado.” 
Pensamos que tudo que fazemos estamos fazendo para nós próprios mas na realidade é D-eus causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo. Fazemos os consertos”Tikunim” todos em um limite de viagens pré determinado. 
Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois vamos para a China comprar mercadoria e voltamos para cá para vender a mercadoria, pensamos que somos espertos e lucramos! 
Mas simplesmente é D-eus que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade. 
Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes, ou seja, tiramos dele a “isca” espiritual  que nos atraiu para lá  que na verdade eram 288 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!
 
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Para o horário de acendimento das velas de Shabat na sua cidade acesse ao nosso site www.ongtora.com

Agradecemos profundamente à Fernanda e Elias Messer que por meio de sua empresa Line Life apóiam a nossa ONG TORÁ , que no mérito dessa grande Mitzvá Hashem dê a eles sucesso total e em grande estilo !

Nossos agradecimentos à querida família Nasser, às famílias Gueler e Rabinovich que todo dia quero escrever uma carta de agradecimento para eles mas a correria é tanta, à Francis e Fábio Grossmann (grupo Facislito) , à família Guttmann, ao hotel Rojas nosso muito obrigado, à empresa Neeman despachantes aduaneiros, à família Mamprim pela revisão do carro da ONG, à Yehuda e Laura Carmi por patrocinarem um aluno para ir estudar em Israel, à Efraim e Daniela Gadman, à família Grinszpan , à Samy Sarfatis Metta , à empresa Adar , à Néia Cristina e seu marido Anderson, à Tiago e Rosiele Bolcont , e à todos vocês que estão nos apoiando , muito sucesso, muita saúde, muito dinheiro e felicidades judaicas de toda a família!

Nossa Parashá é dedicada à Refuá Shelemá de Daniel ben Kendel

Nossa Parashá é oferecida em memória de
Mazal Bat Esther Nasser z"l

(5 de Sivan de 5741)
Haim Ben Shafia Nasser z"l

(17 de shevat de 5762)
Esther bat Olga z"l

(11 Kislev)

E especialmente em memória de Mordechai ben Sarah Douek Hacohen cujo Yohrtzeit é hoje (26 Tamuz)


Se você quiser dedicar uma Parashá entre em contato:   rabinogloiber@ongtora.com


Rabino Gloiber
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