Quem sou eu

Minha foto
Sociologist by the University of Haifa, specialized in approaches for the gates of knowledge improving communication between Jews and non-Jews. This is an open way to communicate with Jews from Israel, USA, Canada, Europe or those who live in Latin American countries but do not speak Portuguese (in Brazil) or Spanish (all other countries besides Guianas)

Brachá na Piscina?

Bs"d

                                                 Brachá na Piscina?

Explica a Mishnah Berura que consta no Sefer Devarim     כי ה' א-לוקך מתהלך בקרב מחנך...והיה מחנך קדוש ולא יראה בך ערות דבר... – Pois Hashem , seu D-us circula dentro de seu acampamento...o seu acampamento deverá ser Kadosh, e não será visto nele nudez... Daqui deduzem os Sábios que em todos os lugares onde Hashem “circula” conosco, isto é, quando estamos envolvidos com a leitura do Shema ou a Tefilah ou até mesmo falando palavras de Torah, devemos nos assegurar que Vehayah machanecha Kadosh- que as suas redondezas sejam Kadosh.  Em outras palavras, devemos buscar manter um ambiente de Kedushah, garantindo não estar falando palavras de Kedushah onde exista algum tipo de nudez nos arredores.

Entre as várias halachot e detalhes que aprendemos deste trecho da Torah, é notável o poder de uma simples Brachah ou palavras de Torah em trazer a Presença Divina entre nós.  Isto nos revela a sensibilidade á Kedushah que se espera de um Yehudi, independente de seu nível de conhecimento. Através da fala, a expressão de sua neshamah, ele traz a conexão com Hashem e mais kedushah neste mundo a ponto da Torah alertá-lo que suas redondezas devem estar aptas a isto, Vehayah machanecha Kadosh. Todo yehudi tem o potencial de Lekadesh shem Shamayim- santificar o nome de Hashem, pois através de seus atos traz Kedushah,  o oposto de Chilul Hashem- dessecrar o Seu nome, chas veShalom, quando ele mechallel – esvazia, cria um Challal (vácuo) de Kedushah.

Além disto, um cuidado extra que os homens devem ter ao mencionar uma Brachá, é o de terem a sua cabeça coberta ao mencionar o nome de Hashem.  Por um lado, gostaríamos de agradecer a Hashem pelo proveito deste mundo maravilhoso, pois como o Talmud explica, desfrutar deste mundo sem Brachá se compara a alguém que rouba, pois faz com que a multiplicação e fartura com a qual Hashem quer nos beneficiar não nos atinja. Por outro lado, mencionar uma Brachá sem cobrir nossas cabeças (para os homens)  é considerado uma falta de respeito, principalmente ao mencionarmos o nome de Hashem numa Brachá.

Explica a Mishna Berura, que cobrir a cabeça com a própria mão não é considerado uma cobertura, já que faz parte do próprio corpo. No entanto, uma outra pessoa poderia cobrir com a mão dela e isto é válido para poder se fazer uma Brachá na piscina. Em outras circunstancias, há os que permitam esticar a manga da camisa e usá-la como cobertura.

 Um outro cuidado que é relevante, tanto para homens ou mulheres, seria de não mencionar o nome de Hashem diante de “nudez” ou “excrementos”, como consta na Torah. Velo Yirae becha Ervat Davar- que não seja visto por você. O que seria considerado nudez neste caso?
Qualquer parte do corpo que deveria estar coberta, na linguagem da Torah é chamada de Ervah e se enquadra nesta proibição. Por isto ao mencionar uma Brachá, devemos nos assegurar que nenhuma ervah esteja no nosso campo de visão. Quanto a fezes (humanas), devemos também ter um cuidado ao mencionar uma Brachá ou palavras de Torah na sua proximidade, algo comum com bebês a partir da idade que começam a comer comida sólida.

Certa vez Rav Yaakov Haber estava voltando tarde da cidade de Monsey, NY, quando ficou muito cansado ao guiar na estrada e procurou um local para tomar um café. Devido ao horário e a dificuldade de encontrar algo aberto, guiava com cuidado, até que finalmente encontrou um bar . Ao entrar, notou que o dono daquele bar era um Israelense, e cumprimentou-o “Shalom Alechem!” Ao invés de responder, o Israelense perguntou,” porque não dizer Shalom Alecha, afinal de contas estou sozinho ! Porque vocês religiosos falam alechem no plural? Nâo estudam gramática?” O Rabino lhe respondeu que existem Anjos que criamos através de nossas Mitzvot e eles acompanham um Yehudi, assim como cantamos no Shabat a noite, e por isto cumprimentamos no plural.  O dono da bar não lhe deu muita atenção e lhe trouxe o café que tinha pedido. Um ano e meio depois, quando novamente estava na estrada a noite, o Rabino lembrou se daquele barzinho. Quando entrou no Bar e viu o Israelense, acenou e exclamou para o Rabino: “Cá está você! Você é o culpado, Rabino. Desde aquela vez que o senhor estava aqui, toda vez que ia comer um sanduiche não- kasher me lembro destes anjos que o senhor falou e não consigo!”
Vehayah Machanecha Kadosh!  Quantos anjos e kedushah trazemos ao mundo com uma simples Brachá!

Shabat Shalom,
Yitzchak Benroubi
 
Estas questões só foram trazidas aqui como uma forma de despertar a curiosidade, a beleza e a profundidade do estudo da Halachá. Qualquer dúvida na prática deve ser consultada com uma autoridade Rabínica.
Compartilhar no Google+

Postar um comentário

Seus comentários são muito bem vindos.

 
Copyright © 2011. Tropicasher - All Rights Reserved
Templates: Mais Template
{ overflow-x: hidden; }